O técnico holandês, Louis Van Gaal, disse que não vê diferença em ser eliminado da Copa do Mundo após ser humilhado pela Alemanha, como aconteceu no caso do Brasil, ou nos pênaltis, como aconteceu com sua equipe diante da Argentina.

De acordo com o comandante, o pior é o sentimento de não conseguir chegar à decisão. "Acho que perder de 7 a 1 ou nos pênaltis dá na mesma", resumiu ele em entrevista coletiva após o jogo desta quarta-feira, em São Paulo.

Van Gaal disse que a decepção de ser eliminado nos pênaltis é tão grande quanto ser humilhado no tempo normal porque a Holanda mostrou que poderia ter ganhado no tempo normal e, depois, na prorrogação: "Neste momento é decepção, é terrível perder nos pênaltis. Pelo menos nós estávamos jogando de uma forma igual, equilibrada, senão um pouco melhor, então foi uma grande decepção, sim".

Nas quartas de final, a Holanda havia eliminado a Costa Rica nos pênaltis. O grande herói dos europeus na ocasião foi o goleiro Tim Krul, que entrou a instantes do término do tempo extra e pegou duas cobranças. Nesta quarta-feira, Van Gaal gastou as três substituições antes e não pôde usar o reserva. "Se eu tivesse uma quarta mudança, teria repetido essa troca", relatou o técnico.

No fim, o holandês ainda fez uma brincadeira com o fato de ter "ensinado" Romero a defender pênaltis. Os dois trabalharam juntos no AZ Alkmaar, e nesta quarta-feira o treinador viu o argentino brilhar na classificação da Argentina.

"Eu ensinei o Romero a agarrar pênaltis. Então, é claro que isso dói", disse ele, para depois explicar melhor o fato de ter sido tutor do argentino. "Eu não ensinei exatamente o Romero a agarrar pênaltis, mas nós o levamos à Europa porque ele tem grande talento. O que eu estava fazendo era uma piadinha porque o AZ Alkmaar foi o primeiro clube dele na Europa, e eu era o técnico".

A relação entre o goleiro argentino e o técnico da Holanda também foi assunto entre os sul-americanos. Romero exaltou o técnico holandês.

"O Louis [Van Gaal] foi uma pessoa que me ajudou muito quando cheguei à Holanda. Quando cheguei lá não entendia nada que falavam. Ele, como fala em espanhol, me ajudou muito. Ele é uma pessoa que ensina muito ao jogador, a crescer, a estar atento a cada jogada. Eu cheguei à Holanda com 20 anos e cresci nas mãos dele", disse.