O jornalista argentino Jorge Luiz López, de 38 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (por volta da 1h30), em Guarulhos. O repórter que cobria a Copa do Mundo pela rádio "La Red" e pelo diário "Olé", morreu após se envolver em um acidente de trânsito provocado por uma perseguição policial.

A Polícia Militar informou que o jornalista estava em um táxi com destino ao hotel Bristol, onde estava hospedado, quando foi atingido por um veículo roubado. Os bandidos, que tentavam fugir, perderam o controle do carro. Com o impacto da batida, o táxi girou e se chocou com um poste.

O jornalista acabou sendo arremessado para fora do veículo e morreu no local. Dois dos três bandidos eram adolescentes, foram detidos pela polícia e levados ao 1º DP de Guarulhos. De acordo com informações da própria polícia, nenhum deles sofreu ferimentos.

O acidente aconteceu no cruzamento da Rua Barão de Mauá com a Avenida Tiradentes. O taxista teve apenas um machucado no ombro e foi levado ao hospital.

Jorge Luiz é o segundo profissional de imprensa da Argentina a morrer no Brasil durante este Mundial. No início do mês, Maria Soledad Fernandez, de 26 anos, morreu em um acidente durante viagem de São Paulo a Belo Horizonte após acompanhar a classificação da seleção de Messi e Di Maria em São Paulo, nas oitavas de final da Copa do Mundo.

Luto no "Olé"

O diário "Olé" publicou em seu site na internet nota lamentando a morte do profissional, intitulada "Todos choramos por você". O jornal disse que está de luto e lembrou que "Topo" López, como era chamado pelos colegas, tinha um contato muito próximo com Lionel Messi porque viveu também em Barcelona e que "brindou" o periódico com entrevistas "notáveis" com o craque argentino.

Em outra nota, o "Olé" desabafou: "é muito difícil trabalhar em um dia assim. Não se pode escrever, não se pode pensar, não se pode analisar, não se pode seguir, ainda que devamos. Não importa em que momento está o Mundial, estamos em choque por essa tragédia, porque um acidente de carro insólito, inacreditável, incompreensível nos deixou sem o grande Topo".