Fifa diz colaborar com polícia contra máfia, mas cúpula se cala

Rodrigo Mattos e Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Vinicius Konchinski

    CEO da Match, Ray Whelan chega à delegacia após ser preso no Copacabana Palace

    CEO da Match, Ray Whelan chega à delegacia após ser preso no Copacabana Palace

Pressionada pela prisão do diretor da Match Services, sua parceira, a cúpula da Fifa ficou assustada e se calou a respeito da detenção. Em um comunicado curto, a entidade limitou-se a dizer que continuará a colaborar e apoiar a investigação feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que resultou na prisão de Ray Whelan, diretor da Match.

O delegado Fábio Barucke, titular da Décima Oitava Delegacia de Polícia, que coordena as investigações, afirmou nesta segunda-feira que deverá chamar para depor o suíço Philip Blatter, sobrinho do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Philip teria uma participação acionária na Match, e poderia fazer parte do esquema criminoso.

Na saída do Hotel Sofitel, o diretor de marketing e ingressos da Fifa, Thierry Weil, afirmou que não falaria sobre o assunto. Pouco antes, Joseph Blatter também se recusara a fazer comentários sobre o caso.

"A Fifa soube que Ray Whelan, diretor de hospedagem da Match Services, uma prestadora de serviços da Fifa, foi detido no Copacabana Palace hoje pela política para ser questionado por suposto envolvimento relacionado à "Operação Jules Rimet", afirmou a assessoria da Fifa. *A Fifa continua a colaborar totalmente com as autoridades locais e vai fornecer detalhes requisitados para ajudar na investigação em curso."

Em seguida, a entidade reiterou que tem posição firme conta a violação de leis criminais e regulações de ingressos, e por isso apoia atuação da polícia contra a máfia.

A prisão foi como um furacão na cúpula da entidade. Até agora o cara era discutido apenas pelo secretário-geral Jérôme Valcke, sem participação dos membros do Comitê Executivo. Mas os dirigentes do topo da entidade já estavam sabendo da prisão no Copacabana Palace.  Aqueles ouvidos pelo UOL Esporte se mostraram assustados, mas não quiseram fazer comentários. 

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