A fama de "professor Pardal" do técnico da Colômbia, Jose Pekerman, cobrou seu preço novalmente. A equipe vinha tendo ótimas atuações na Copa, mas ainda assim o treinador resolveu mudar sua escalação para o duelo decisivo contra o Brasil. Com uma proposta mais defensiva, tirou o atacante Jackson Martinez e colocou o meia Ibarbo. O resultado foi que a Colômbia acabou sufocada, principalmente no primeiro tempo, como não havia acontecido na Copa.

Ao fim, viu sua equipe ser eliminada com a derrota por 2 a 1 para os brasileiros em Fortaleza.

Apesar de ser muito elogiado em seu país natal por boas campanhas principalmente nas seleções de base alvicelestes, Pekerman é conhecido por sempre mexer em suas equipes em partidas decisivas, mudar o estilo de jogo e se arrepender depois.

Foi o que aconteceu quando ele era treinador da Argentina na Copa de 2006. Nas quartas de final contra os alemães, Pekerman estava vencendo por 1 a 0, mas voltou para o segundo tempo disposto a apenas segurar a vitória com um time mais defensivo. Ele tirou o meia Riquelme e escalou o volante Cambiasso.

Resultado: a Alemanha empatou e ganhou a vaga nas semifinais nos pênaltis. Pekerman deixaria de ser o técnico da seleção após a eliminação.

Outro exemplo das invencionices de Pekerman é mais recente. Já treinador da Colômbia, conseguiu uma goleada sobre a Bolívia pelas eliminatórias, mas, sem razão aparente, mexeu na equipe para o duelo seguinte, contra a Venezuela.

Tirou um atacante e colocou em seu lugar um zagueiro, mexendo também no esquema tático do time, optando por um posicionamento mais defensivo. Resultado: derrota por 1 a 0 para a Venezuela.

A opção na partida desta sexta-feira foi fortalecer o setor defensivo e colocar um homem a mais no meio-campo. Não deu certo. A seleção brasileira dominou boa parte do jogo, fez 2 a 0, e a Colômbia só conseguiu reagir no final. Em vão. O time que parecia bastante redondo nos quatro primeiros jogos da Copa, vai voltar para casa.