Ser 'ponta firme' ajuda Henrique em briga por vaga entre titulares

Ricardo Perrone

Do UOL, em Fortaleza (CE)

  • Mário Farache/ Mowa Press

    Zagueiro Henrique conduz bola durante treino da seleção brasileiro na Granja Comary

    Zagueiro Henrique conduz bola durante treino da seleção brasileiro na Granja Comary

Surpresa na convocação para a Copa do Mundo, o zagueiro Henrique treinou entre os titulares da seleção brasileira em parte do trabalho nesta quarta e tem chance de entrar no jogo de sexta-feira contra a Colômbia, pelas quartas de final do Mundial. Uma das principais razões para o ex-palmeirense estar em alta com Felipão pode ser encontrada nas entrevista que o técnico deu após a vitória nos pênaltis sobre o Chile, no sábado.

"Estamos sendo muito cavalheiros, muito educados com os estrangeiros. Falei isso com os jogadores no vestiário. Está na hora de mudar um pouco o nosso discurso. Não devemos ser apedrejados por técnicos, jogadores e imprensa estrangeira. Está na hora de eu voltar um pouco ao meu estilo: ser agressivo. Não estou conseguindo aguentar mais", disse o técnico.

Henrique é um velho parceiro de guerra do treinador. Tem o espírito que o técnico gosta, como demonstrou pelo Palmeiras nas semifinais da Copa do Brasil de 2012, contra o Grêmio. Na segunda partida, Henrique correu para defender Barcos, que havia sofrido falta de Rondinelly. Na confusão levou um tapa, mas acabou sendo expulso com o gremista.

O zagueiro foi fundamental para a conquista daquele título, o único de Felipão na última passagem pelo clube paulista. Na final, atuou como volante, posição que pode ocupar na seleção, e estava com febre no dia.

Se no Palmeiras Henrique foi importante para ajudar o time a superar a pressão psicológica de não vencer uma competição mais importante desde a conquista do Estadual de 2008, na seleção ele entraria logo após de Felipão admitir o abalo emocional de alguns jogadores. O técnico confirmou o problema em conversa com seis jornalistas na última segunda.

Henrique também conquistou a confiança de Felipão no Palmeiras porque o elenco alviverde sofria divisões. O clima no vestiário não era bom. Mas o técnico tinha no zagueiro um fiel colaborador para conter crises.

Dentro de campo, a principal arma do beque para conquistar uma vaga entre os titulares da seleção, é a versatilidade. Além de jogar na zaga e como volante, ele também jogou este ano como lateral no Napoli. A polivalência dá ao técnico a possibilidade de mudar o jeito de a equipe jogar sem ter que fazer substituição. Trunfo valioso num jogo eliminatório e que pode ter prorrogação.

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