Dezenas de torcedores nigerianos sem ingresso brigavam entre si, com a PM e faziam confusão em um dos portões de acesso ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, nesta segunda-feira (30), onde a seleção da Nigéria pega a França por uma vaga nas quartas de final, instantes antes do início do jogo, às 13h. Apesar da tentativa de entrar sem ingressos, não houve violência nem tentativa de invasão da arena.

Tudo começou quando um grupo de pelo menos 200 torcedores nigerianos uniformizados, muitos com rostos pintados, chegou ao estádio Mané Garrincha por volta de 12h30. Fazendo muita bagunça, música e barulho, traziam cornetas, trompetes, tambores e andavam pela frente dos portões fazendo música e cantando.

Depois de alguns minutos de festa, o grupo escolheu um portão mais afastado e tentou entrar todo de uma vez só no acesso cercado por grades. Foram impedidos pelos seguranças e PMs, tentaram forçar a passagem, não conseguiram e a confusão começou entre eles.

Barrado, o grupo de torcedores se reuniu ao lado, junto à cerca do estádio, e começou uma grande discussão. Pelo que era possível observar, não havia ingressos para todos, e as entradas eram disputadas aos gritos e empurrões. A tensão estava crescendo, e só diminuiu quando cinco policiais da cavalaria, mais PMs e três policiais nigerianos fardados, que atuam no Centro de Cooperação Policial Internacional da Copa, se aproximaram do local e foram conversar com o grupo.

Depois que as entradas foram distribuídas, pelo menos vinte torcedores ficaram para do estádio e houve mais empurra-empurra, gritos e xingamentos entre os os torcedores. Depois de tentar forçar a passagem até o portão sem sucesso mais uma vez, os torcedores que ficaram para fora desistiram e começaram a se dispersar.

"É um absurdo, viemos todos torcer juntos", gritava um nigeriano que aprontava ter por volta dos 30 anos enquanto se afastava do estádio. "É tipo uma tribo, mais de uma na verdade. Cada chefe tem alguns ingressos, mas não para todos e, como não conseguiram entrar, agora tem de escolher quem vai ficar de fora, daí a confusão", explicou um dos policiais nigerianos ao UOL Esporte.