Praia ou Fuleco? Fuleco, dizem cariocas na fila para fotografar a mascote

Mauricio Stycer

Do UOL, no Rio

  • Mauricio Stycer/UOL

    Fila para fazer foto com o Fuleco na avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio

    Fila para fazer foto com o Fuleco na avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio

O termômetro na orla de Copacabana registra 35º. Domingo de sol no Rio. Como de hábito, uma pista da avenida Atlântica está interditada para uso dos pedestres. Turistas com a camisa do México e da Holanda se dirigem à Fan Fest. Os cariocas preferem um outro programa: fazer foto com a mascote da Copa.

O Fuleco pode não ter aparecido muito nos estádios da Copa, mas na avenida Altântica ele é uma estrela. Uma fila com cerca de 30 pessoas se forma diante de uma réplica gigante da mascote, colocada na porta da loja de produtos oficiais. Famílias inteiras aguardam pacientemente o momento de chegar perto do boneco. 
 
Um pequena confusão ocorre quando um casal, inadvertidamente, fura a fila e se prepara para fazer a sua foto. "Olha a fila!", grita alguém. "Fila? Pensei que essa fila fosse para entrar na loja". "Não, é pra tirar foto."
 
"Bonito ele não é. É bonitinho, vai", diz Ana Carolina Coutinho, que fotografa o filho Gustavo, de 6. "É para guardar como recordação da Copa", explica. 
 
A fila anda rápido, no máximo cinco minutos até chegar diante do Fuleco gigante. "Tudo bem a fila. Vale a pena. E acho ele bonito", diz Soraia Alves Braga. 
 
Um homem se espanta com a aglomeração e pergunta: "Isso é fila pra fazer foto com o tatu?" Pois é...  "As crianças adoram", diz Antonio Pedreira, com a mulher e duas crianças na fila. 
 
Embora seja pouco visto nos estádios, a Fifa nega que esteja escondendo o Fuleco. A entidade afirma que a mascote da Copa tem sido exibido, sim, em todos os estádios, inclusive durante a abertura da Copa no Itaquerão e nas Fan Fest que estão sendo realizadas em todas as cidades sedes. A Fifa diz ainda que não houve nenhuma modificação nos critérios para exibição do Fuleco.
 
Rodrigo Castro, líder da Associação Caatinga, organização não governamental que propôs o tatu-bola como mascote da Copa, reclama que a Fifa, depois de prometer apoio a um projeto de preservação do animal, fez "uma proposta indecorosa". A entidade diz que ofereceu US$ 300 mil à ONG.

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos