Holanda vence e põe Chile como adversário do Brasil nas oitavas de final

Do UOL, em São Paulo

Holanda e Chile entraram em campo na última rodada com uma missão: fugir do Brasil nas oitavas de final. Após um jogo truncado e sonolento, são os europeus quem podem respirar mais aliviados. Venceram por 2 a 0, nesta segunda-feira, no Itaquerão, terminaram a fase classificatória na primeira colocação do grupo B e escaparam de pegar os anfitriões.

A tarefa inglória de enfrentar os donos da casa caiu no colo dos chilenos. O confronto sul-americano pelas oitavas de final ocorrerá no próximo sábado, no Mineirão. A Holanda joga domingo, no Maracanã, e encara o México, que ficou com a segunda colocação do grupo A.

As fases do jogo: Não foi um 'jogo de compadres', mas nitidamente Holanda e Chile não apresentaram a mesma intensidade de jogos anteriores, talvez já preocupados com as oitavas de final. O primeiro tempo foi de muitas faltas e poucas chances. O Chile só assustou em jogadas ensaiadas de bola parada. A Holanda foi refém de poucos contra-ataques puxados por Robben. Nada, porém, que empolgasse o torcedor.

A etapa final foi mais aberta. Precisando vencer para escapar do Brasil, o Chile mudou o esquema, colocou mais um meia ofensivo e se lançou ao ataque. Os holandeses, porém, tiveram estrela. Fer, que havia acabado de entrar, subiu sozinho em cobrança de escanteio e cabeceou sem chances. Atrás no placar, os sul-americanos foram para o tudo ou nada nos minutos finais e deram espaço para o mortal contra-ataque holandês, que sacramentou o resultado com Depay.

O melhor: Vlaar - Zagueirão holandês mostrou segurança e foi um dos responsáveis pelas poucas chances do Chile. Os rápidos atacantes adversários perderam quase todas para o defensor.

O pior: Lens – Escolhido para substituir o suspenso Van Persie, praticamente não pegou na bola. No único ataque em que apareceu, se atrapalhou e mandou na arquibancada. Acabou substituído no segundo tempo.

A chave do jogo: Altura holandesa – A diferença física foi decisiva para o resultado. Os baixinhos chilenos mostraram dificuldades com as bolas cruzadas. Caminho a ser explorado pelo Brasil nas oitavas?

Toque dos técnicos: Holanda entrou mais precavida que em jogos anteriores. Recuou, deu campo ao Chile e apostou nos contra-ataques em velocidade com Robben. O atacante Kuyt foi deslocado para acompanhar os avanços dos laterais adversários. No segundo tempo, Sampaoli foi para a pressão. Sacou um dos zagueiros, mandou Valdivia a campo e ainda atuou com mais três atacantes.

Para lembrar:

Hino à capela.
Mais uma vez os chilenos deram uma prova de que jogam em casa nesta Copa. Como já havia ocorrido nos dois jogos anteriores, foram maioria no estádio e deram show no hora do hino.

Afasta o juiz! O árbitro Bakary Gassama deu uma forcinha para a defesa chilena ao desviar para fora um chute de fora da área de Wijnaldum. Claro que a 'ajuda' não foi intencional.

Caneta chilena. Alexis Sánchez foi o responsável pelo lance mais bonito da partida. Encurralado na linha de fundo, colocou a bola por entre as pernas de Lens, invadiu a área e chutou cruzado. O gol só não saiu graças a boa defesa de Cillessen.

HOLANDA 2 X 0 CHILE

Holanda: Cillessen; Janmaat, De Vrij, Vlaar e Blind; Wijnaldum, De Jong e Sneijder (Fer); Lens (Depay), Robben e Kuyt (Kongolo). Técnico: Louis Van Gaal

Chile: Bravo; Medel, Francisco Silva (Valdivia) e Jara; Isla, Marcelo Díaz, Aránguiz, Felipe Gutiérrez (Beausejour) e Mena; Vargas (Pinilla) e Alexis Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli

Data: 23/06/2014 - 13h (de Brasília)
Local: Itaquerão (São Paulo)
Árbitro: Bakary Gassama (GAM)
Auxiliares: Evarist Menkouande (CAM) e Felicien Kabanda (RUA)
Cartões amarelos: Blind (Holanda) e Francisco Silva (Chile)
Gols: Fer, aos 31 min, e Depay aos 46 min do 2º tempo

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