A Associação de Futebol de Gana (GFA) rebate as acusações feitas pela imprensa britânica de que estaria envolvida em um esquema de manipulação de resultados. A entidade ainda pediu ajuda da polícia do país para investigar seus dois funcionários apontados como agenciadores em reportagens.

O Daily Telegraph e a rede de TV britânica Channel 4 divulgaram uma investigação de seis meses que mostraria que a federação ganesa estaria envolvida em combinações de resultados. Um vídeo mostra o encontro entre dois funcionários da entidade e um ex-investigador da Fifa para firmar acordo sobre futuros resultados.

Na investigação, repórteres do Telegraph e um ex-investigador da Fifa se apresentaram como uma sociedade de investidores que estava interessada em "patrocinar" jogos. O agente Fifa, Christopher Forsythe, e Obede Nketiah, figura forte na federação ganesa, deixaram claro que poderiam colocar funcionários corruptos em partidas da seleção da África.

Pouco tempo depois, o presidente da associação de futebol do país concordou em conhecer o repórter disfarçado e o investigador, junto com Forsythe e Nketiah. Após uma reunião, o presidente da entidade assinou um contrato acertando a participação de Gana em jogos manipulados. Tudo em troca de pagamento.

"A Associação de Futebol de Gana requisitou à polícia de Gana para investigar suas pessoas por falsa representação da GFA com o objetivo de fraude", disse a entidade em um comunicado. "A GFA não tem contrato com eles e os dois cavalheiros não fizeram ofertas de corrupção à GFA e seus oficiais".

Presidente da GFA, Kwesi Nyantakyi também se manifestou sobre o assunto e repudiou as acusações. "Não é verdade que temos acordo com manipuladores de resultados e pessoas que tem intenção de realizar partidas de conveniência entre as Estrelas Negras e qualquer outro oponente no futuro", afirmou o dirigente.

"Nós explicamos (as alegações aos jogadores) e nossa intenção é isolá-los de qualquer publicações que tenham a intenção de perturbar o foco de nosso time", completou o dirigente.