Paulo Wanchope não é apenas um simples auxiliar técnico da seleção da Costa Rica, que ganhou status de sensação da Copa do Mundo de 2014 após conquistar a histórica classificação para as oitavas de final, mesmo integrando o "grupo da morte", ao lado de três campeãs mundiais. Isso porque o assistente de Jorge Luis Pinto é considerado o maior jogador da história do futebol costarriquenho.

O "Pelé da Costa Rica" já marcou gol em Copa do Mundo, inclusive, contra a seleção brasileira em 2002. Na Copa de 2006, ele balançou as redes contra a Alemanha. O ex-atacante do Manchester City, da Inglaterra, marcou 45 gols em 73 jogos com a camisa da seleção costarriquenha.

Apesar das reclamações de imprensa e torcedores no início da Copa do Mundo, devido ao pênalti marcado para a seleção brasileira contra a Croácia e os dois gols anulados do México diante de Camarões, Wanchope saiu em defesa da arbitragem. O ex-atacante, inclusive, agradeceu o recurso eletrônico no gol da vitória da Costa Rica diante da Itália na última sexta-feira, em Recife, já que a cabeçada de Bryan Ruiz bateu na trave e não tocou na rede.

"Esse momento está tudo bem (arbitragem), temos que entender que são humanos e podem falhar. Graças a Deus a Fifa tomou uma decisão importante de usar a tecnologia no gol. Tivemos algumas partidas com esse apoio importante", afirmou Wanchope.

O ídolo da Costa Rica também mandou um recado para a Inglaterra, adversária desta terça-feira, às 13h (de Brasília), no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Com a classificação já garantida após vencer Uruguai, por 3 a 1, e Itália, por 1 a 0, os costarriquenhos querem a vitória para terminar a fase de grupos na primeira colocação.

"Primeiro temos que controlar as emoções. Já estamos classificados, mas é importante pontuar, crescer como equipe. São grandes jogadores (Inglaterra), que tem orgulho, não querem sair com zero ponto. Mas a nossa cabeça está bem mentalizada que podemos dar mais, que é uma partida muito importante. Queremos o primeiro lugar, temos essa convicção", disse.

Os costarriquenhos eram vistos como azarões do Grupo D da competição, completado por três campeões mundiais: Itália, Inglaterra e Uruguai. A seleção caribenha, no entanto, é a única classificada, já com antecedência, e eliminou a Inglaterra com a vitória na sexta.