Jornalistas costarriquenhos falam em "sonho" e contam que país parou
Carlos Madeiro
Do UOL, no Recife
Os jornalistas costarriquenhos não economizaram nos adjetivos elogiosos pela classificação antecipada após a histórica vitória contra a Itália, na tarde desta sexta-feira (20), na Arena Pernambuco
Com dois triunfos em dois jogos, a equipe garantiu classificação antecipada à próxima fase e depende apenas de um empate contra a eliminada Inglaterra para terminar em primeiro do "grupo da morte".
"É o feito mais importante do nosso futebol. Tão grande e inesperado que o nosso presidente foi para a rua, no meio do povo, onde estão milhares de costarriquenhos", disse o jornalista Sandoval Pacheco, da rádio Columbia.
Segundo ele, as imagens de festa do país nesta tarde são "impressionantes." "O país está em festa. Assim como o Brasil com sua seleção, hoje ninguém trabalha. O presidente foi para o meio do povo, para a festa. É um dia histórico, o mais importante do nosso futebol", falou.
O colega de Pacheco, o jornalista Paulo Guzman, da rádio Monumental, disse que o país nunca viveu um dia tão feliz no esporte. "É um sonho. O país está uma loucura. Agora não temos limite, o time está bem, o país todo está confiante", afirmou.
Os jogadores também foram pouco econômicos em definir o feito desta tarde. Antes, apenas em 1990 a seleção conseguiu chegar às oitavas-de-final. "Foi uma façanha, mas todos nós acreditávamos, principalmente após a primeira vitória. É uma emoção enorme. Temos vários aqui dizendo que não têm dimensão da magnitude desse feito", disse o capitão e eleito o melhor jogador do jogo, Bryan Ruiz.
Sobre perspectiva do time na Copa, o capitão disse que o primeiro objetivo foi alcançado. "Nós dizíamos que queríamos chegar à segunda fase e irmos avançando. Estamos fazendo história, mas não queremos parar por aqui. O mínimo são as oitavas, mas queremos ir seguindo, jogo a jogo. Essa é uma grande oportunidade dessa geração", falou.
O atacante Campbell, uma das estrelas do time, disse que os jogadores devem manter os pés no chão, mas com perspectiva. "Devemos ir passo a passo, partida a partida. Conseguimos o primeiro objetivo e vamos seguir em frente agora", disse.