A Copa do Mundo mal começou, mas a seleção iraniana já sabe que perderá seu comandante ao seu término. Nesta quinta-feira, o português Carlos Queiroz confirmou que deixará o cargo de treinador da equipe asiática mesmo tendo recebido uma proposta de renovação de vínculo.

"Sabemos as limitações que a seleção teve neste período. Disputamos amistosos contra equipes amigas que não nos cobraram nada. As limitações econômicas e políticas influenciam o futebol. Não deveria ser assim, mas não temos o que fazer. Está decidido que não vou continuar", declarou Queiroz.

Recentemente, os jogadores da seleção iraniana foram aconselhados a não trocarem as camisas com atletas adversários por conta do limitado número disponível do material esportivo.

Apesar dos problemas econômicos e políticos, Carlos Queiroz acredita que fez o futebol do país crescer.

"O mais importante para mim, em todos os trabalhos que realizo, é ter a certeza de deixar a camisa da equipe onde trabalho melhor posicionada, num ponto mais alto. Sem dúvida o Irã está hoje num lugar melhor do que quando eu cheguei", falou o treinador, que chegou ao cargo em 2011.

Aos 61 anos de idade, Carlos Queiroz já comandou equipes como Sporting, Real Madrid, África do Sul e Portugal. Na última terça-feira, o técnico já havia revelado desejo de treinar uma equipe brasileira, caso tivesse a oportunidade.

"Uma das coisas que sempre disse na minha carreira era que queria treinar um clube brasileiro. É um sonho de carreira. Treinar uma equipe em que a técnica está garantida é sonhar alto. Quando você treina uma equipe em que você tem que ensinar a parar a bola, passar, fica mais difícil. Por isso tenho essa vontade de treinar um clube brasileiro. Já tive uma ou duas oportunidades, quem sabe um dia isso não aconteça", afirmou à reportagem do UOL Esporte.

O Irã, que está no grupo F, volta a campo no próximo sábado (21/06), quando enfrenta a Argentina no Mineirão. Na estreia pela Copa do Mundo, os iranianos empataram sem gols com a Nigéria, em Curitiba.