Chilenos e argentinos se enfrentam em Copacabana, mas americanos separam

Vinícius Segalla

Do UOL, em São Paulo

O que começou como uma brincadeira de mau gosto terminou em briga generalizada. No último dia 17, torcedores do Chile e da Argentina se encontraram nas areias da praia da Copacabana, no Rio de Janeiro, no início da tarde, e o clima não foi de confraternização entre irmãos bolivarianos.

As provocações logo começaram, primeiro na seara futebolística, com cânticos de "Chi-Chi-Chi Le-Le-Le" e "Vamos, Vamos, Argentina, Vamos, Vamos a Ganar".

Aos poucos, o clima foi esquentando, e os gritos passaram a ser tais como "Argentinos Maricóns" e "Chi-Chi-Chi Le-Le-Le, de Argentina No Se Vê".

Os insultos passaram a ser mais e mais fortes, e chegaram ao ápice quando chilenos começaram a fazer piada com as Ilhas Malvinas, perdidas pelos argentinos para os ingleses, e os argentinos passaram a citar Augusto Pinochet, ex-ditador chileno. Palavrões impublicáveis proferidos em espanhol mas compreensíveis por qualquer brasileiro também fizeram parte do arsenal utilizado pelas duas forças em combate (veja vídeo abaixo). 

A partir daí, os torcedores começaram a atirar latas de cerveja e outros objetos uns nos outros, e alguns chegaram mesmo às vias de fato, trocando alguns socos, tudo sob o olhar e as lentes atentas dos jornalistas da imprensa mundial, que adotaram posição neutral e passiva em meio ao recrudescimento das hostilidades.

A escaramuça sul-americana durou cerca de duas horas, e só terminou quando torcedores dos Estados Unidos chegaram para acalmar os ânimos, ocupando a terra de ninguém entre as duas tropas e formando uma trincheira de contenção, ao som de "USA! USA! USA!". 

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