Virou moda. Outra repórter colombiana rouba a cena no treino
Luis Augusto Simon
Do UOL, em São Paulo
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Luis Augusto Simon/UOL
Vanessa Palacio, repórter colombiana que está cobrindo a Copa do Mundo no Brasil
Assim que o meia Fred Guarin e o atacante Jackson Martinez falaram sobre a goleada sobre a Grécia e a esperança de nova vitória sobre Costa do Marfim, muitos repórteres colombianos sacaram seus celulares e fizeram fila para tirar uma foto com….Vanessa Palacio, reporter de Claro Deportes, da Colômbia.
Repetiu-se o acesso da semana passada quando Maria do Rocio Stevenson, também repórter, deu tantos autógrafos quantos lhe foram pedidos, roubando a cena no treino colombiano. Rocio, de 35 anos, foi Miss Sul-America em 2001.
"Hoje, ela é da área de entretenimento, não está tão ligada ao esporte como eu, que estou nessa vida há 11 anos, é a coisa que mais gosto na vida", explicou Vanessa Palacio, de 27 anos "Desde que fui ao campo de futebol pela primeira vez, com cinco anos, descobri que aquela era minha paixão e que iria trabalhar com isso."
Vanessa diz que tem a receita ideal para afastar toda tentativa de aproximação de jogadores e companheiros de profissão. "Para os amigos jornalistas, eu falo que seria ruim namorar porque o assunto seria sempre futebol, seria monótono. Os jogadores são paqueradores, mas eu sei manter distância. Não dou muita entrada e também mostro que entendo de futebol, que não estou aqui para namorar e sim para trabalhar".
E ela fez a primeira pergunta da coletiva. Disse que, em sua opinião, todos esperavam por uma Copa com equipes fechadas e com poucos gols e que estava se surpreendendo. Perguntou então a Jackson Martinez se o fato de haver muitos gols é bom para a Colômbia, uma equipe muito ofensiva historicamente falando.
Martinez concordou. "Sim, Vanessa, nós gostamos de marcar no campo adversário e de lutar pela bola nesse setor. E temos bons jogadores de frente, apesar da ausência de Falcao [Garcia]. Mas, há outra coisa importante. Nós temos a meta de buscar a classificação em primeiro lugar do grupo. E isso pode ser conquistado com muitos gols ou com menos gols. Sabemos nos defender também porque [José] Pekerman é um treinador muito bom que que arma o time para conquistar seus objetivos", afirmou.
Fredy Guarín mostrou-se mais comedido ainda. "Não vamos nos iludir porque fizemos três, a França fez três, o Brasil fez três, a Alemanha fez quatro ou a Holanda fez cinco. Nós entramos em campo para seguir o plano tático definido por nosso treinador. E, nele, todos tem importância, não apenas os goleadores", afirmou.
Os dois mostraram-se cientes da força física dos jogadores de Costa do Marfim e também respeitadores do futebol de Didier Drogba. "Drogba não participou dos gols contra o Japão, mas para mim não foi coincidência o time virar o jogo depois que ele entrou", disse Martinez. "Eles são fortes e não podemos nos impressionar com isso. O que é preciso é ficar com a bola bastante tempo e saber o que fazer com ela. Com paciência e seguindo tudo o que foi determinado", podemos vencer a partida e encaminhar a classificação", disse Guarín.
A assessoria de imprensa da Colômbia joga duro, como o mais duro zagueiro do time. O chefe de imprensa é quem determina quem fará perguntas. Diz o primeiro nome e manda o segundo se preparar. Ninguém pode repetir pergunta. Nem mesmo Vanessa Palacio.