Trânsito atrapalha chegada à Fonte Nova; turistas desconhecem metrô

Vagner Magalhães

Do UOL, em Salvador

Depois de 14 anos em obras, o metrô de Salvador foi inaugurado na véspera da abertura da Copa do Mundo, na última quarta-feira, com a presença da presidente Dilma Rousseff. Ainda em operação experimental, poucos turistas tinham conhecimento de seu funcionamento. Em dias de jogos, o acesso é limitado a duas mil pessoas que devem ter o ingresso e também precisam estar cadastradas no site da Transalvador, praticamente inviabilizando o acesso dos turistas.

Inicialmente, apenas ônibus fretados de agências de viagens teriam acesso ao metrô em dias de jogos, mas devido à demanda, a Secretaria Estadual da Copa na Bahia (Secopa-BA) informou que o acesso ao serviço foi liberado a demais grupos de torcedores, visando oferecer mais opções de deslocamento.

As regras valem apenas para esta segunda-feira (16) e nos dias 20 e 25 de junho, e 1º e 5 de julho. Nos demais dias, o metrô estará liberado a qualquer pessoa, com entrada gratuita. O horário de funcionamento até 14 de setembro é de segunda a sexta-feira, de 12h às 16h, também com limite diário de cerca de dois mil passageiros. O trecho em atividade vai do Acesso Norte Linha 1 até a Estação da Lapa, passando pelo Campo da Pólvora e Brotas. A estação Retiro também entrará em operação assistida até o fim de junho.

O trajeto entre o Acesso Norte e a estação Campo da Pólvora, próxima à Fonte Nova, é de aproximadamente 15 minutos. A maior dificuldade para se chegar à arena foi o trânsito de Salvador, complicado em uma segunda-feira, apesar do ponto facultativo para os funcionários públicos da cidade. Os táxis foram autorizados a transitar com bandeira 2 nesta segunda-feira, com acréscimo de cerca de 30% nos valores das corridas.

Como a linha de metrô fica longe dos hotéis de Salvador, linhas de ônibus especiais foram as mais utilizadas pelos turistas, ao preço de R$ 10. "O metrô é bom, mas para o pessoal daqui. Tinha muito estrangeiro perguntando, mas para eles não serve", disse o ambulante João Batista, 43, que vendia bebida próximo à estação Campo da Pólvora.

O português Abel da Silva, 50, estava curioso por utilizar o transporte, mas descobriu que não teria utilidade para ele. "Dizem que vai para a periferia e estou hospedado em outra parte da cidade", conta.

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