Honduras não reclama de ser azarão e cogita posto de 'novo Taiti'

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

  • AFP PHOTO / Rodrigo ARANGUA

    Se faltar bola, a seleção de Honduras aposta na simpatia para ter a torcida de Brasileiros

    Se faltar bola, a seleção de Honduras aposta na simpatia para ter a torcida de Brasileiros

Ser considerado o pior ou um dos piores da Copa do Mundo não abala a seleção de Honduras. A reputação não influenciará em nada as determinações do técnico Luis Suárez para a estreia na competição, neste domingo, contra França. E abraçando a suposta fragilidade, o time caribenho espera ter o mesmo apelo popular do Taiti, que virou sensação na Copa das Confederações do ano passado. 

Os brasileiros resolveram torcer pelos taitianos. Percebendo a precariedade do futebol da equipe da Oceania, os aficionados nos estádios gritavam, cantavam, vibravam com cada lance positivo da equipe, mesmo que estes fossem raros nos jogos. 
 
E o fato da torcida abraçar o teoricamente mais fraco agrada o comando hondurenho. Disposto a ser o 'novo Taiti', a equipe não se incomoda em ser considerada forte candidata ao último lugar. 
 
"Sabemos que as pessoas pensam que ficaremos em último. Isso não nos abala. Não vamos mais para trás ou mais para frente. É muito da condição do ser humano, de torcer sempre pelo mais fraco. Isso pode ser bom para nós. Que torçam, que nos apoiem. Temos que mostrar nosso futebol, e faremos isso", afirmou Suárez. 
 
A trajetória de Honduras em Copas do Mundo confirma toda falta de expectativas sobre seu futebol. Foram apenas duas participações em mundiais até agora e nenhuma vitória sequer. É a única equipe, além da estreante Bósnia, que disputa a Copa neste ano e jamais venceu uma partida. 
 
"Somos a zebra e todo mundo gosta de torcer pelo mais fraco contra o mais forte. Isso mostra o que é o ser humano. Se fala que somos inferiores, que nosso futebol é violento, mas não nos sentimos ofendidos. Estamos tranquilos e temos a responsabilidade de fazer um bom campeonato", afirmou o meio-campista Najar. 
 
França e Honduras abrem participação na Copa neste domingo às 16h no Beira-Rio. O grupo E da competição é completo por Equador e Suíça, que se enfrentam em Brasilia. 
 

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