Os torcedores do Equador surpreenderam os jornalistas de plantão e compareceram em peso para receber a sua seleção na chegada ao hotel em Brasília, no início da tarde desta sexta-feira (13). Pelo menos 100 torcedores uniformizados fizeram uma grande festa assim que o ônibus apareceu na porta do hotel, por volta das 15h.

 

Com bandeiras, camisas da seleção e faixas em apoio ao time cantando em coro em espanhol "Si, se pude!" (Sim, é possível!), a torcida promete muito barulho para apoiar sua seleção no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no jogo contra a Suíça no domingo (15). É o primeiro jogo da Copa na capital federal e o primeiro das duas seleções.

 

O advogado Edgard De La Cueva, de 60 anos, chegou a Brasília de carro depois de percorrer 7.000 quilômetros desde Machacho, na região metropolitana de Quito, no Equador, junto com mais 11 torcedores -- entre amigos e familiares -- em uma van. "Foram 12 dias de viagem, chegamos ontem em Brasília", conta o advogado equatoriano. "Mas viemos curtindo, parando pelo caminho". Auto apelidados de "Machacheños", em referência à cidade natal, o grupo contou que conseguiu ingressos apenas para a primeira partida, mas pretende acompanhar a seleção até o fim da participação dela no Mundial da Fifa. "É um sonho, mas queremos uma final contra o Brasil", confessa Cueva.

 

Já o comerciante equatoriano Japron Muñoz Torres, de 42 anos, está em sua terceira Copa do Mundo acompanhando a seleção nacional. Para ele, natural da cidade de Santo Domingos de La Concórdia, o time chega à segunda fase a até a uma semifinal. "Está a Copa para Antonio Valencia [atacante equatoriano do time inglês Manchester United, craque do time] brilhar".

 

Os jogadores acenaram da janela do ônibus para os torcedores, mas não pararam e desembarcaram só dentro do hotel, onde o acesso era proibido. A seleção do Equador treina no final da tarde no CT (Centro de Treinamento) oficial do Corpo de Bombeiros, em Brasília. Às 19h, é a vez da seleção suíça chegar à capital federal.