A Polícia Militar de Minas Gerais ligou o alerta depois dos episódios de quinta-feira, no centro de Belo Horizonte. Após uma série de depredações – que inclui uma viatura virada –, a corporação se prepara para aumentar a dose na hora de controlar os manifestantes. E no sábado, dia do primeiro jogo da Copa do Mundo no Mineirão, os oficiais poderão utilizar armas de choque.

O equipamento que emite um impulso elétrico é chamado popularmente de taser. Ele foi citado pela PM como opção naquilo que é definido como aumento de carga no procedimento diante de atos de vandalismo.

"Os atos desta quinta-feira aguçam a nossa atenção, sem dúvida. Nós temos um limite, tentamos dissuadir quem está ali protestando e acaba depredando algo. Mas vamos refinar nossa estratégia, vamos ser mais enérgicos se ocorrer novamente. Inclusive autorizando o uso do equipamento que dispara um impulso elétrico", disse o Tenente Coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação da PM-MG.

A manifestação desta quinta-feira começou tranquila, mas ao chegar à Praça da Liberdade saiu do controle. O fotógrafo Sérgio Moraes, da agência Reuters, foi ferido após uma pedra ser arremessada e teve traumatismo craniano leve.

Além disto, agências bancárias da zona central da cidade foram depredadas. Um cinema também teve a fachada alvejada por pedras. E uma viatura da Polícia Civil foi virada na entrada do estacionamento do prédio do Detran-MG, na Avenida João Pinheiro.

"Agimos para conter os atos de vandalismo e, com este objetivo, entendo que tivemos êxito. Claro que houve depredação, porém conseguimos controlar. Não podemos simplesmente sair pela rua, temos estratégia policial e ela foi empregada", avaliou.

Antes dos acontecimentos desta quinta-feira, um novo protesto já estava marcado para ocorrer no sábado. Dia de Colômbia x Grécia, às 13h, no Mineirão. A manifestação divulgada nas redes sociais, porém, não tinha local de concentração definido.