A semana não foi fácil para Luiz Felipe Scolari. Mesmo com a morte de seu sobrinho, Tarcísio Schneider, nesta terça-feira, o comandante da seleção brasileira seguiu com a preparação para a estreia na Copa do Mundo, nesta quinta. Segundo o técnico, o clima do Mundial está ajudando a lidar com a tragédia.

"Convivemos alguns momentos de dificuldade juntos e sabemos o que é isso, mas a vida segue. Fazemos aquilo que temos que fazer normalmente e depois seguimos em frente. Encontro forças no trabalho desse pessoal, olhando esses jogadores que se dedicam todo dia, trabalham muitas vezes mesmo quando não estamos no meio deles. Isso tudo faz com que a gente, mesmo em uma situação de tristeza, deixe de lado e olhe a beleza que está acontecendo. Essa saída da Granja, chegada nos aeroportos, chegada na Arena do Corinthians, pro sinal, muito bonita. Isso faz com que a gente deixe de lado algumas tristezas" afirmou.

Conhecido por formar equipes unidas, o treinador falou sobre seu estilo ao mesmo tempo rígido e paizão.

"Sempre fui dessa forma, nunca pensei diferente em qualquer lugar que já trabalhei, nem em time grande nem em pequeno. Aprendi e segui lições do meu tempo de atleta profissional com os excelentes técnicos que tive. Acho que sou mistura de tudo isso: pai, tio, amigo, aquela pessoa que de vez em quando tem que falar um pouco mais alto", falou.

Neymar, principal jogador da seleção brasileira, não poupou elogios ao comandante.

"Trabalhei com técnicos de muita qualidade, e, para mim, agradeço a Deus de ter a honra de estar ao lado do Felipão. Sempre o vi como vencedor e tentei tirar as coisas boas que ele falava e fazia, e levo comigo até hoje. Tento sugar o máximo da experiência que ele tem que que passa, que leva não só para o profissional mas para o pessoal também", disse.

A estreia do Brasil será diante da Croácia, nesta quinta, às 17h, no Itaquerão.