O atacante brasileiro naturalizado croata Eduardo nunca vestiu a camisa de um grande clube brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro, foi para a Croácia em 1999, aos 16 anos. Guarda na memória os gols de Romário, na Copa de 1994, de quem se diz ídolo. "Meu ídolo era, e ainda é, Romário. Por causa dele eu via todos os jogos na televisão. Ele é um modelo para mim, especialmente por sua atuação na Copa de 1994", disse o jogador.

Eduardo diz ainda não acreditar direito que vai estrear em uma Copa do Mundo, atuando no Brasil, contra os brasileiros. "Eu nunca poderia imaginar uma situação dessas. Mas tenho certeza que será sensacional", disse ele.

Eduardo disputa a vaga do atacante Mario Mandzukic, que não poderá defender a seleção da Croácia contra o Brasil no dia 12 de junho. Destaque do Bayern de Munique, o jogador foi expulso no duelo que garantiu os croatas no mundial, diante da Islândia, pela repescagem, e terá que cumprir suspensão diante do time de Felipão.

Às vésperas da partida de estréia, contra o Brasil, em São Paulo, Eduardo diz que a Croácia está se preparando para "o jogo do ano". O atleta diz que se sente ótimo, sem pressão. Segundo ele, o time quer mostrar que todo o trabalho de preparação rendeu resultados.

"O Brasil é o favorito, não só contra nós, mas também para ganhar a Copa do Mundo. Mas se eles são favoritos, não quer dizer que não podemos vencer. Precisamos mostrar em cempo que podemos surpreendê-los, especialmente se marcarmos primeiro", afirmou.

O atacante brasileiro atuou como titular no amistoso de sexta-feira, quando a Croácia venceu a Austrália por 1 a 0, no estádio Pituaçu, em Salvador. Ele teve boa movimentação e participou das principais jogadas de ataque da equipe. Teve uma chance clara de gol no primeiro tempo, que parou nas mãos do goleiro australiano.

Eduardo garantiu que irá cantar os dois hinos, na abertura da Copa do Mundo e esta semana postou uma foto nas redes sociais com um casal de filhos vestindo camisas metade da Croácia e metade do Brasil.