Trânsito, obras e grandes distâncias: BH não agrada jornalistas gringos

Jeremias Wernek

Do UOL, em Belo Horizonte

  • Jeremias Wernek/UOL

    Obras no aeroporto de Confins também chamam atenção de quem chega em Belo Horizonte

    Obras no aeroporto de Confins também chamam atenção de quem chega em Belo Horizonte

O trânsito pesado das principais avenidas de Belo Horizonte, as obras de mobilidade urbana e a grande distância entre rotas necessárias no dia a dia. Esta tríade de detalhes faz com que os jornalistas estrangeiros não estejam totalmente satisfeitos com a sede mais sul-americana da Copa do Mundo. Base de Argentina e Chile, a capital mineira é criticada também pelo aeroporto de Confins.

A reclamação pode ser contada no painel do carro. O Mineirão é o ponto mais próximo do centro da cidade: 10 quilômetros. A Toca da Raposa, onde a seleção do Chile está concentrada, exige mais tempo: 14,5 quilômetros.

A Cidade do Galo, QG da Argentina e que recebe Messi e companhia nesta segunda-feira, fica a 40 quilômetros do centro de Belo Horizonte.

"As coisas aqui são longe, em Santiago tudo fica mais perto. Realmente é um ponto que atrapalha, é necessário muito mais tempo para um deslocamento", disse o jornalista Demid Herrera, do jornal El Gráfico, do Chile.

Outro obstáculo é a quantidade de obras. O Canal TyC chegou a chamar a situação de caos, devido o número elevado de intervenções em avenidas e ruas da cidade.

"Para todo lado que se olha tem uma obra. E elas não parecem estar perto da conclusão", disse o repórter Esteban Edul, da emissora argentina.

Na última atualização, a prefeitura de Belo Horizonte informou que 96% das obras que constam na Matriz de Responsabilidade foram concluídas. Restando do fim das atividades nas estações São Gabriel e Pampulha, do BRT. E também o corredor Pedro I, que integra o BRT da Pampulha.

"É preciso se acostumar. Trânsito lento e pesado. E distâncias intermináveis", escreveu o jornalista uruguaio José Mastrandea, do Ovación, ao postar uma foto em uma das avenidas que leva para Sete Lagoas, onde ficará a equipe de Diego Lugano e Cavani.

No aeroporto internacional Tancredo Neves a situação não é melhor. O diário Olé publicou um texto com a manchete 'no está Belo', com tradução óbvia e brincadeira com o nome da capital mineira. No artigo, são relatados os problemas no saguão de desembarque de Confins.

Porta de entrada para os voos internacionais, o aeroporto Tancredo Neves fica a mais de 40 quilômetros do centro da cidade. E dá um cartão de visitas ao turista com cheiro de cola, poeira e barulho. Reflexo das obras que tomam conta de diversos pontos do terminal.

No final da semana passada, a Infraero informou que o terminal provisório de Confins não ficará pronto para a Copa do Mundo. Problemas estruturais afetaram o ritmo das obras e inviabilizaram a entrega do local.

Além de abrigar Chile e Argentina, Belo Horizonte receberá seis jogos do Mundial. Quatro deles pela fase de grupos, começando com Colômbia e Grécia no dia 14 de junho, às 13h. Uma partida das oitavas de final e outra da semifinal, em 8 de julho.

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