Protesto e superlotação marcam inauguração de centro de mídia do governo

Vinicius Castro e Vinicius Konchinski*

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Vinicius Castro/UOL

    Jornalistas e fotógrafos buscam um espaço no auditório durante discurso do governardor Pezão

    Jornalistas e fotógrafos buscam um espaço no auditório durante discurso do governardor Pezão

A inauguração do CAM (Centro Aberto de Mídia) do Rio de Janeiro para a Copa do Mundo foi marcada por uma série de contratempos na tarde desta segunda-feira. A estrutura montada no Forte de Copacabana, ao lado da praia, terminou como alvo de reclamações dos jornalistas e causou até discussões entre fotógrafos e cinegrafistas pelo espaço reduzido disponível para o registro de imagens. Um protesto ainda tumultuou a saída de autoridades e causou, inclusive, o fechamento de ruas importantes da Zona Sul.

Os problemas começaram ainda antes do evento, quando servidores federais da Cultura em greve promoveram o primeiro protesto, este contra a Copa do Mundo, na entrada do Forte de Copacabana. Os funcionários públicos eram cerca de dez. Esperavam a ministra da Cultura, Marta Suplicy, que também esteve na inauguração do centro de mídia.

Já na parte interna do centro, o grande número de jornalistas teve dificuldades para trabalhar por conta das falhas na rede de internet e o "overbooking" para a entrevista coletiva que inaugurou o espaço.

Dezenas de profissionais de imprensa ficaram do lado de fora da sala reservada para a solenidade. Inclusive, muitos não conseguiram o credenciamento em razão de o sistema ter saído do ar e não esconderam a revolta em reclamações com os organizadores. Jornalistas estrangeiros chegaram a deixar o local ao não encontrarem as prometidas condições de trabalho.

"Queremos o melhor conforto, mas ainda não conseguimos alcançar esse objetivo. Muita gente ficou do lado de fora reclamando das instalações. Vamos melhorar", desculpou-se o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

"Está apertado hoje, mas esse é um dos lugares mais bonitos do mundo", complementou o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que também elogiou o nome do espaço: Centro Aberto de Mídia João Saldanha. "Foi um grande botafoguense", disse ele.

Tumulto na saída

No fim da cerimônia de inauguração, professores da rede municipal e estadual de Educação do Rio de Janeiro realizaram um protesto mais significativo. Cerca de 150 manifestantes cercaram os carros de autoridades que deixavam o Forte de Copacabana e colaram dezenas de adesivos nos automóveis.

A Polícia Militar interveio e houve um princípio de confusão. A Rua Francisco Otaviano, que liga Ipanema a Copacabana precisou ser fechada por alguns minutos. Cerca de 50 policiais atuaram para possibilitar a saída das autoridades. Não houve confronto.

Tudo isso aconteceu bem em frente ao Hotel Sofitel de Copacabana. O local é onde a Fifa montou seus escritórios no Rio para trabalhar durante a Copa do Mundo. Não houve, porém, qualquer transtorno ali.

Centro de Mídia

A inauguração do Centro Aberto de Mídia também contou com as presenças do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência Thomas Traumann e do presidente da Rioeventos, Leonardo Maciel, que representou o prefeito Eduardo Paes.

Entre 9 de junho e 14 de julho, o Centro de Mídia do Rio de Janeiro vai oferecer aos jornalistas uma agenda voltada aos interesses da mídia, como entrevistas coletivas, paineis de debates e visitas guiadas a projetos na cidade. Os jogos da Copa do Mundo também poderão ser acompanhados no local. Além da filial carioca, cada sede da competição mundial terá o seu CAM para funcionamento no torneio.

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