Ele é uma das referências da seleção e companheiro do melhor jogador do mundo no Barcelona. Aos 30 anos, o volante já jogou três Copas do Mundo.

Mas sempre vão lhe perguntar sobre o amigo e companheiro Lionel Messi. E se o povo quer saber como está o astro nacional, uma das pessoas que pode responder é justamente ele, Mascherano.

- Como vai o Leo? (a pergunta tem a ver com as críticas que estão fazendo na Espanha, onde dizem que a temporada dele foi ruim, apesar de ele ter marcado 41 gols em 45 partidas no Barcelona.)

- Nós estamos falando de alguém que fez 90 gols em uma temporada. Então nem mesmo a vara para medir é suficientemente alta; é impossível igualá-lo porque só ele conseguiu isso. Por isso mesmo, tudo o que ele fizer agora, se não for para se superar, vai ser complicado de analisar. Porque, afinal de contas, ele é a única pessoa que pode bater seus próprios recordes. Mas ele está bem, muito contente, é uma situação própria para o Leo, ele se sente muito feliz de vir para a Argentina, com sonho de saber que está diante de algo muito grande e que, como líder futebolístico, tem a responsabilidade de ajudar todos os jogadores a atingirem esse objetivo.

- Muita gente acha que esta será a Copa do Messi, você também acha?

- Se Deus quiser. Com certeza, se ele funcionar bem e nós o acompanharmos ele vai fazer uma grande Copa. Porque nós não podemos jogar toda a pressão no Messi, temos que ajudá-lo. Este é um esporte de conjunto. Então nós não podemos depender só do que o Leo fizer. Sabemos que se ele tiver uma boa Copa a Argentina também terá.

- Sempre te perguntam sobre o Leo. E você, como você vai chegar na Copa?

- Nas três Copas eu tive a sorte de chegar bem fisicamente e em plenitude. O fato de agora ser mais velho faz com que eu viva a Copa de maneira diferente, há uma responsabilidade maior. Mas, acima de tudo, eu estou muito contente, com muita confiança e esperança de fazermos uma grande Copa.

- Na primeira fase vocês vão jogar com rivais menores. Você não acha que só ganhar não é suficiente?

- Eles não são tradicionais, mas estão na Copa do Mundo e sabemos que uma partida ruim na Copa pode complicar as coisas, desde não classificar até terminar segundo e que mude todo o panorama. Vamos encará-los com a seriedade que eles merecem.

- Você acha que esta pode ser a chance de um 'Maracanazo'?

- Nós não estamos pensando em um Maracanazo. No futebol, a gente não sabe se vai poder viver outra experiência. Por isso, é preciso confiar no que temos. Nem eu sei nem ninguém sabe se nós vamos para a Rússia, mas também não precisamos ficar loucos. Se há 24 anos que a Argentina não está nas semifinais deve haver uma razão. Por isso, o objetivo é passar as quartas, isso está mais do que claro.