Itaquerão tem bloqueio de 10 mil pessoas no entorno, mas com falhas

Guilherme Costa, Felipe Pereira e Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

No segundo evento-teste para a abertura da Copa - neste domingo, no jogo Corinthians e Botafogo -, os órgãos públicos, o clube e a Fifa avançaram bastante em relação ao primeiro teste, com uma limpeza na área em volta do estádio, tanto na quantidade de pessoas quanto nas condições de calçada e iluminação. Dentro do estádio, o acesso já teve raio-x e uma melhor sinalização.

Ainda há falhas, como a ausência de diversas lanchonetes, ambulantes irregulares com álcool e cambistas em volta da arena. Também houve uma certa confusão em relação à orientação dentro do estádio, além de instalações e acabamentos incompletos.

A triagem de torcedores para que só entrasse aqueles que tivessem ingressos tornou bem mais vazio o entorno do estádio. A prefeitura de São Paulo, que fez os bloqueios, avalia que houve 10 mil pessoas em volta da arena no jogo entre Corinthians e Figueirense, quando os bloqueios não funcionaram.

"Demos uma limpeza nesta área que não tinha antes", explicou a vice-prefeita Nádia Campeão. Na noite anterior, a prefeitura tirou até kombis de comerciantes que queriam ficar ali para poder vender produtos ao público. Mas a reportagem do UOL Esporte encontrou torcedores que não tinham ingresso dentro do terreno do estádio.

Outra medida foi a melhoria do calçamento e iluminação em volta do estádio. "Mudamos todas as lâmpadas para não se repetir o breu que ocorreu da outra vez", afirmou Campeão. "Talvez tenhamos que colocar outras."

No acesso ao estádio, houve raio-x em todas as portarias. Os acessos para torcedores, imprensa e diversos setores também foram melhor sinalizados. Uma equipe maior da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local) atuaram, com um total de 800 seguranças privados, acima dos 700 vistos no jogo com o Figueirense. Também havia 400 voluntários, o dobro da primeira partida.

Dentro do estádio, as instalações do centro de imprensa embaixo do estádio também estavam feitas, assim como boa parte das bancadas para jornalistas. Metade deles ainda não tinha eletricidade, e o cabeamento da internet ainda não foi feito.

Várias das lanchonetes ainda não estavam funcionando, inclusive com as instalações abandonadas. Do lado de fora, ambulantes e até cambistas puderam atuar durante um bom tempo no acesso do metrô até o Itaquerão. Vendiam cerveja com álcool livremente, enquanto os credenciados pela prefeitura só podiam negociar o produto sem álcool.

No controle de entrada do estádio, as credenciais ainda não usavam códigos de barra com aparelhos de verificação como ocorre no Mundial. Dentro, os acessos ainda tinham sinalizações precárias, e as restrições de acesso por credenciais causavam confusão nos seguranças, que não tinham informação suficiente para orientar credenciados.

Ainda havia instalações para serem acabadas, com pedaços de cimento soltos, fios e esquadrias soltas pelas escadarias. Ainda havia muita poeira espalhada pelos acessos e nas arquibancadas. A arquibancada norte, que não foi testada, ainda estava com suas estruturas expostas.

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