Até estrangeiros ameaçam greve durante a Copa, e aeroportos podem parar

Adriano Wilkson

Do UOL, em São Paulo

Trabalhadores peruanos estão pressionando o governo de seu país e a companhia aérea multinacional Latam por um aumento em seus salários e em suas condições de trabalho. Se as reinvindicações não forem atendidas, os funcionários prometem cruzar os braços durante a Copa do Mundo.

Uma greve no Peru afetaria mais de 300 voos que vêm daquele país ao Brasil no Mundial. Mas de acordo com a Federação Internacional de Trabalhadores do Transporte, um sindicato que luta pelos interesses de pilotos, comissários de bordo e mecânicos de aviões, o efeito poderia ser ainda maior porque também estariam prejudicados voos de origens diversas que passem pelo Peru rumo ao Brasil.

Com a movimentação dos colegas peruanos, trabalhadores brasileiros da Tam, que faz parte do conglomerado Latam, também ameaçaram entrar em greve.

"Se não houver acordo no Peru e no Brasil, não haverá aeroporto funcionando na Copa", disse o sindicalista brasileiro Luiz Pedro Lucena em uma assembleia no fim de semana.

Temendo um agravamento da crise, o ministério do trabalho do Brasil convocou uma reunião com os trabalhadores e representantes da empresa na tarde desta terça-feira para negociar uma saída para a situação.

Trabalhadores do Peru também estão reunidos com as autoridades do país.

"Já estamos há seis meses em negociações com a empresa, mas hoje é um dia chave", disse uma porta-voz do sindicato internacional, a comissária de bordo argentina Dina Feller. "Caso a proposta da empresa não seja do nosso agrado, vamos parar no Mundial."

Procurada, a Tam não havia respondido até a publicação da reportagem.

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