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Torcedor terá problema com sinal de celular no Itaquerão e Arena da Baixada

Aiuri Rebello
Do UOL, em Brasília

  • Arte/UOL

O torcedor que for ao Itaquerão ou à Arena da Baixada para acompanhar partidas da Copa vai enfrentar problemas com o sinal de celular no interior das arenas. A grande dificuldade será com a disponibilidade das redes  de dados 3G e 4G. Nos estádios restantes a infraestrutura instalada é considerada mais adequada para dar conta da demanda -- em seis deles foi montada uma rede wi-fi interna para ajudar a transmitir o grande volume de informação, principalmente fotos e vídeos, que é esperado a partir dos locais dos jogos.

Esse é o panorama apresentado pelas operadoras de telefonia celular a 23 dias do início do Mundial da Fifa durante audiência pública no Senado na manhã desta terça-feira (20). De acordo com José Eduardo Levy, diretor-executivo do SindiTeleBrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal), as empresas precisam de 150 dias para instalar dentro de cada um dos 12 estádios da Copa os equipamentos necessários para o reforço de sinal, mas em São Paulo e em Curitiba as operadoras de telefonia móvel puderam entrar nas arenas menos de 60 dias antes do início da Copa para fazer o serviço.

"Esses dois estádios geram uma preocupação maior pelo tempo que foi dados às empresas para instalar os equipamentos", diz Levy. "Deve haver dificuldade em áreas que estarão os torcedores", afirma o representante do sindicato patronal que congrega Vivo, Tim, Oi e Claro. As antenas e equipamentos estão sendo instalados nestas arenas, mas não deve haver tempo de fazer todos os ajustes necessários.

O presidente da Vivo, Antonio Carlos Valente da Silva, diz que não houve tempo de cumprir todas as etapas de instalação. "A última etapa de implantação da infraestrutura nestes dois estádios, que são os ajustes finais, teremos dificuldade de conseguir fazer", afirma Silva. Rodrigo Abreu, presidente da Tim, confirma o problema.

Carlos Zenteno, presidente da Claro, inclui ainda o Beira-Rio, em Porto Alegre, na lista de estádios onde os torcedores devem ter dificuldade de conseguir sinal da rede de dados no celular durante os jogos do Mundial. "A situação mais crítica é nos estádios entregues mais recentemente", diz ele. "O tempo está contra a gente, mas estamos correndo para oferecer a melhor qualidade de serviço aos clientes", diz. Para ele, as empresas de telefonia irão trabalhar até o último dia para deixar o serviço de celular adequado, mas a situação é complicada nos estádios de Porto Alegre, São Paulo e Curitiba.

As operadoras de telefonia celular trabalham de forma conjunta na preparação dos estádios da Copa. As quatro operadoras irão compartilhar os equipamentos nas arenas. O estádio Mané Garrincha, em Brasília, foi utilizado como exemplo de onde o sinal de celular e das redes de dados 2G, 3G e 4G está bem preparada.

De acordo com o SindiTeleBRasil, cada estádio da Copa precisa de 300 antenas de reforço de sinal para conseguir dar conta do tráfego de dados. Além destas antenas, devem contar com uma rede wi-fi disponível para os torcedores o Mané Garrincha, o Beira-Rio (Porto Alegre), a Fonte Nova (Salvador), Maracanã (Rio de Janeiro), Arena Pantanal (Cuiabá) e Arena Amazônia (Manaus). Nas outras arenas, ou não haverá tempo de instalar o wi-fi ou os administradores dos estádios não permitiram o serviço e, em alguns deles como o Mineirão, devem oferecer uma rede sem fio própria.

Além dos 12 estádios,outros 66 locais nas cidades-sede como entorno das arenas, áreas de concentração de hotéis e as Fan Fests da Fifa, por exemplo, também terão reforço de antenas para tentar garantir o sinal durante a Copa. Procurados pela reportagem, Fifa e COL (Comitê Organizador Local) não se manifestaram sobre o problema.

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