A jornada de manifestações contra a Copa do Mundo de 2014 não abalou a confiança do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, quanto à realização bem sucedida do evento. Pelo contrário. Nesta sexta-feira, um dia depois de uma série de protestos ter sido organizada em várias cidades do país, Rebelo disse que a adesão da população a esses atos está diminuindo. Segundo ele, até o início do Mundial, ela cairá ainda mais.

"Como eu já previa, há uma redução do impacto dessas manifestações. As pessoas estão voltando-se para o momento de festa que será a Copa do Mundo" afirmou o ministro, em entrevista coletiva concedida no Rio de Janeiro. 

Rebelo está na cidade para discutir detalhes do plano operacional da capital fluminense para a Copa. Ele disse que as manifestações que ocorreram ontem no Rio, São Paulo e outras cidades não são contra o Mundial. Na sua avaliação, são demandas históricas e que já não mobilizam tanta gente como no ano passado, durante a Copa das Confederações.

"Li nos jornais que a concentração de pessoas para ver a taça da Copa do Mundo em Macapá foi maior. Cerca de 20 mil pessoas concentraram-se por lá", disse Rebelo.

O ministro afirmou ainda que o direito a manifestações está garantido em lei no Brasil. Ele disse que o governo não vai tentar impedir os atos, sejam eles quais forem. "Nenhuma ONG estrangeira precisa vir dar cartão amarelo para o governo para que respeitemos as manifestações", afirmou Rebelo.

O prefeito Eduardo Paes esteve ao lado do ministro na entrevista coletiva. Para Paes, o ato de ontem realizado no Rio também não era contra a Copa, mas sim uma reivindicação de trabalhadores em greve. Ele ainda destacou que o protesto não causou grandes transtornos à cidades.

"Show" na abertura

O diretor geral do COL (Comitê Organizador Local) da Copa do Mundo, Ricardo Trade, também esteve nas reunião do plano operacional no Rio. Questionado sobre a preparação do país, Trade afirmou que tudo o que é essencial para o Mundial estará pronto, inclusive o estádio de abertura da Copa, o Itaquerão, em São Paulo.

Trade negou que partes do estádio estarão inacabadas na Copa. Também refutou qualquer possibilidade de problemas causados por atrasos em obras. "Quero deixar claro uma coisa: vamos dar um show na abertura da Copa do Mundo", frisou o executivo. "Estamos muito orgulhosos do evento."

Luis Fernandes, secretário-executivo do Ministério do Esporte, ratificou o discurso de Trade. Ele disse que a Copa do Mundo de 2014 será um sucesso. Segundo ele, até as estimativas de chegada de turistas estrangeiros já foram superadas.

Inicialmente, o Ministério do Turismo calculava que 600 mil estrangeiros viessem ao Brasil por causa da Copa. Levantamentos baseados na venda de ingressos apontam que esse número será superado significativamente, segundo Fernandes. "Isso é um prova do sucesso da Copa e do retorno financeiro que ela terá", afirmou.

*Atualizada às 14h29