Patrocinador da seleção brasileira sonha com Neymar para "a vida toda"
Daniel Tozzi e Paulo Passos
Do UOL, em São Paulo
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MOWA PRESS
Neymar comemora após marcar o segundo do Brasil no amistoso contra a África do Sul
Patrocinado pela Nike desde 2007, quando ainda estava nas categorias de base do Santos, Neymar é a principal aposta da empresa americana para o futebol nos próximos anos. Ao lado de Rooney, 28 anos, e Cristiano Ronaldo, 29, o brasileiro é estrela da campanha mundial da fabricante de material esportivo visando a Copa do Mundo. Se depender da patrocinadora da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a imagem de atacante de 22 anos ficará ligada à marca por muito tempo.
"Esse seria o sonho (um contrato vitalício). A Nike quer o Neymar para a vida toda", afirmou Cristian Corsi, presidente da multinacional no Brasil.
A ideia da empresa americana é fazer do atacante do Barcelona um novo Ronaldo, que ainda é patrocinado pela marca mesmo após a aposentadoria. Quando era jogador, o
"Fênomeno" tinha um contrato renovado automaticamente a cada dez anos, caso não houvesse desacordo entre as partes, o que nunca ocorreu.
No auge, o ex-atacante só perdia para jogador de basquete Michael Jordan como contrato mais caro de atleta. Até hoje ele ainda tem sua imagem ligada à empresa. Participa de campanhas publicitárias e eventos da marca. Uma das salas do escritório da Nike em São Paulo leva seu nome.
Assim como ocorreu com Ronaldo, a relação entre a empresa e Neymar começou cedo, quando ele tinha 15 anos. Os valores e o tempo de vigência do atual contrato do jogador não são revelados pela multinacional. O UOL Esporte apurou que ele é valido pelo menos até depois da Copa de 2018, na Rússia.
Novata no futebol na década de noventa, a Nike entrou de vez no esporte mais popular do mundo após acertar com um contrato com a CBF em 1996. Desde então, veste a seleção brasileira e patrocina Ronaldo.
Na última renovação da multinacional com a CBF, em 2012, ficou acertado que o acordo entre as partes vale até 2026. A entidade recebe de US$ 35 milhões anualmente, o que gerou R$ 61 milhões no ano de 2012, último ano com balanço financeiro da confederação disponível.