Prefeitura pagará por parte das estruturas temporárias de Porto Alegre
Do UOL, em Porto Alegre
A prefeitura de Porto Alegre confirmou, na tarde desta quarta-feira, que irá bancar parte das estruturas temporárias do estádio Beira-Rio durante a Copa do Mundo. O dinheiro público será utilizado apenas na aquisição de equipamentos que possam permanecer na cidade, em forma de legado pós-Copa. E resolve uma parte do impasse da cidade-sede de cinco partidas do Mundial.
A decisão foi oficializada após uma reunião com o Ministério Público do Rio Grande do Sul. O órgão será responsável pela definição e fiscalização da aquisição dos itens.
O MP-RS também irá assinar, junto com administração municipal, um Termo de Ajustamento de Conduta para nortear os investimentos.
"Não acontecerá nenhum investimento com recurso público que não possa ficar de legado para a cidade. Todas as instituições envolvidas estão trabalhando para viabilizar o evento da melhor maneira possível e dentro da legalidade", disse o procurador-geral do município, João Batista Linck Figueira.
A liberação do investimento resolve parte do problema do Beira-Rio. A outra fatia depende do governo do Estado, que quer captar R$ 20 milhões através de uma lei especial de incentivo fiscal.
No final da tarde, os representantes do Palácio Piratini entregaram o texto do projeto de lei na Assembleia Legislativa. A matéria prevê uma linha especial de isenção fiscal para empresas que contribuam com equipamentos.
O impasse está estabelecido desde a semana passada, quando o presidente do Internacional chegou a dizer que Porto Alegre poderia deixar de receber a Copa. A manifestação foi uma pressão pública, pedindo ajuda dos governos municipal e estadual para bancar as exigências da Fifa.
Na última segunda-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, definiu que o clube gaúcho, em parceria com as autoridades locais, tem até a próxima quinta para apresentar as garantias relativas ao projeto.