O impasse sobre as estruturas temporárias no entorno do Beira-Rio segue. Nesta segunda-feira, o secretário-geral da Fifa Jerôme Valcke se reuniu com autoridades gaúchas e o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, mas não conseguiu avançar sobre o tema.

De acordo com a entidade máxima do futebol, o clube e os órgãos públicos se comprometeram a apresentar uma solução até quinta-feira. O prazo bate com a visita da presidenta Dilma Rousseff, que fará parte da cerimônia oficial de reinauguração do estádio.

Valcke encontrou o vice-governador do Rio Grande do Sul, Beto Grill e o prefeito de Porto Alegre, no Palácio Piratini, no centro da cidade. E reiterou que a Fifa e o Comitê Organizador Local não irão bancar os custos com a infraestrutura do lado externo do estádio.

O governo e a prefeitura também bateram pé, alegando que as estruturas temporárias não se encaixam no perfil de obras que podem ser consideradas como um legado para a cidade após a Copa do Mundo.

O Internacional, por sua vez, argumentou que possui o ginásio do Gigantinho e o centro de eventos do clube para acolher os pedidos da Fifa. Na semana passada, o presidente vermelho, Giovanni Luigi, chegou a dizer que o Beira-Rio poderia ficar fora da Copa em virtude do impasse sobre as estruturas complementares.

Em nota oficial, a Fifa desmentiu o mandatário do Inter, afirmando que Porto Alegre não corre risco de perder a Copa. E informou que o clube, bem como prefeitura e Governo do RS, se comprometeram a apresentar uma solução para o caso até quinta-feira.

O impasse mantido fez Jérôme Valcke cancelar sua entrevista coletiva, marcada para a manhã desta terça, logo após uma vistoria no Beira-Rio. A inspeção está mantida, mas a decisão de não encontrar os jornalistas também soa como uma fuga. Principalmente sobre a definição da permanência da Arena da Baixa como sede da Copa do Mundo.