Há duas semanas, quando sentiu uma fisgada na coxa durante um treino do Manchester City, o meia Fernandinho não temeu apenas pela chance de participar do confronto da equipe inglesa com o Barcelona pelas oitavas-de-final da Liga dos Campeões da UEFA. A previsão inicial de um mês fora dos gramados era um problema para suas esperanças de convocação para o último amistoso da seleção brasileira. No entanto, a revisão do diagnóstico pelos médicos do City deixou o jogador praticamente escalado para a partida de semana que vem contra Messi, Neymar & cia em Manchester e certamente influenciou a decisão de Luiz Felipe Scolari de chamar o jogador pela primeira vez para o grupo.

Com seis convocações no currículo, a última delas em fevereiro de 2012, para o amistoso contra a Bósnia, ainda na gestão de Mano Menezes, o meia paranaense era um nome cuja ausência nas listas vinha sendo frequentemente discutida na mídia europeia. O assunto ganhou intensidade maior com a transferência de Fernadinho do Shakhtar Donetsk para o City e pela facilidade com o que o brasileiro de adaptou ao esquema do treinador chileno Manuel Pellegrini. Ao lado do marfinense Yaya Toure, formou uma dupla de volantes que dá lastro para o vigor ofensivo do City, que na atual temporada já marcou mais de 100 gols em competições domésticas e internacionais.

"Claro que a notícia da lesão assustou um pouco, mas estava otimista em ser chamado. O Felipão acompanha os principais campeonatos da Europa e eu tinha confiança de que meu momento no City poderia me dar uma chance. O importante agora é mostrar que posso estar no grupo", afirmou o jogador.

Coincidentemente,  a primeira partida em que Fernadinho ficou fora do time foi justamente a derrota para o Chelsea, em casa, que interrompeu uma invencibilidade de quase três meses do City em todas as competições. "Conheço grande parte do grupo desde os tempos do Mano e vai ser bom reencontrar todo mundo", afirma Fernandinho.  O reencontro incluirá o meia Willian, ao lado de quem Fernadinho jogou por vários anos na Ucrânia e que também conquistou uma chance na seleção depois de uma transferência para a Inglaterra (Chelsea).