O MPF-RS (Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul) pretende deslocar alguns dos procuradores para acompanhar as manifestações contra a Copa do Mundo que ocorrerem em Porto Alegre. O objetivo do grupo é coibir possíveis abusos policiais. 

"Queremos garantir que as manifestações pacíficas ocorram, até porque estão previstas na Constituição, e que os excessos não aconteçam", destacou o procurador Alexandre Schneider, responsável pelo GCEAP (Grupo de Controle Externo da Atividade Policial).

Além de acompanhar os protestos, o GCEAP pretende aumentar o número de procuradores de plantão para denunciar casos relacionados a agressões policiais ou uso desnecessário de força. 

Outra ação prevista pelo GCEAP é fazer uma audiência pública em Porto Alegre, prevista para abril, reunindo representantes dos movimentos sociais, órgãos públicos de segurança e MPF. "Queremos fazer esta interlocução, que é muito importante", afirmou Schneider.

Em Porto Alegre, grupos que são contra o uso de dinheiro público na organização da Copa do Mundo e que protestam contra a falta de legado do Mundial se juntaram ao Bloco de Lutas pelo Transporte Público e fazem passeatas desde 23 de janeiro. 

No último sábado, 25, quando manifestantes se mobilizaram em 14 cidades do País contra o Mundial, cerca de 30 pessoas se reuniram na frente da Prefeitura da capital gaúcha para reclamar da organização do evento.