Platini: "É impossível jogar no verão do Qatar"

Fernando Duarte

Do UOL, em Zurique (Suíça)

  • REUTERS/Ricardo Moraes

    Presidente da Uefa, Michel Platini, não concorda com a realização da Copa no verão do Qatar

    Presidente da Uefa, Michel Platini, não concorda com a realização da Copa no verão do Qatar

O presidente da Uefa, Michel Platini, voltou a engrossar o coro de lideranças do futebol favoráveis à mudança de data de realização da Copa do Mundo de 2022, no Qatar, ao dizer nesta segunda-feira em Zurique que o torneio não será disputado nos meses de junho e julho – em que as temperaturas no país do Golfo Pérsico chegam perto de 50 graus.

"É impossível jogar no verão do Qatar'', disse Platini, quem também membro do comitê-executivo da Fifa. Em Zurique para a cerimônia da Bola de Ouro, o francês, que votou nos árabes no congresso de escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022, há quase quatro anos, alegou que seu voto foi condicionado a uma mudança de data. "Antes mesmo da eleição eu já havia dito que seria necessário alterar a programação. Mas a data de realização agora será escolhida pela família do futebol".

As indicações mais fortes de que a Copa de 2022 será movida para o final do ano, meses em que a temperatura no Qatar é bem mais amenas já tinham sido dadas na semana passada, quando o secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, disse a uma rádio francesa que já vislumbrava até o mês de novembro como possível data de realização. "Essa época do ano tem temperaturas equivalentes às da primavera na Europa", justificou o francês, que está a cargo de uma comissão da Fifa que estuda a mudança.

O endosso de Platini, no entanto, é importante para ajudar a aplacar a fúria de federações e equipes europeias, que precisarão fazer alterações em suas ligas para acomodar a nova data de realização, uma mudança que não mexe até no planejamento comercial dos envolvidos. No entanto, a questão tem perdido espaço para a preocupação com a saúde de atletas e torcedores. O sindicato de jogadores da França divulgou que pretende até convocar um greve caso a mudança não ocorra.

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