Chefe do COL discorda MP e pede tendas para Copa de 2014 a governos

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

O diretor executivo do COL (Comitê Organizador Local) da Copa do Mundo, Ricardo Trade, afirmou nesta terça-feira que as ações judiciais do Ministério Público sobre o pagamento de estruturas temporárias da Copa das Confederações por governos não vai afetar o planejamento da Copa do Mundo. Segundo Trade, as cidades-sede assumiram o compromisso de pagar por as tendas para imprensa e voluntários. Portanto, apesar de o MP achar esse pagamento indevido, ele voltará a ser feito em 2014.

"Isso [as estruturas temporárias] constam em contratos com as sedes desde 2007. Se isso não foi assinado em 2007, foi assinado em um aditivo depois. Mas o fato é que os dois lados assinaram um acordo", disse Trade, após participar de um evento no Rio de Janeiro.

Esse acordo foi confirmado pelo secretário especial da Copa de 2014 do Ceará, Ferrucio Feitosa, que também participou do evento no Rio. O Ministério Público em seis estados, entretanto, acha esse pagamento irregular pois não estava no acordo original feito entre COL, Fifa e cidades-sede.

Por causa disso, o MP entrou com ações judiciais pedindo R$ 216 milhões de volta. Trade informou nesta manhã que o COL ainda não foi notificado oficialmente pela Justiça.

Trade afirmou ainda que as estruturas temporárias colaboraram, inclusive, para uma redução dos custos das cidades-sede para receber os jogos da Copa. Segundo ele, todo estádio que recebe um jogo do Mundial precisa de um local para receber a imprensa, os voluntários, etc. Se isso não fosse montado com tendas, teria de ser acrescentado às obras civis dos estádios do torneio, encarecendo assim as reformas ou construções.

Sobre 2014, o diretor do COL disse inclusive que a lista do que a Fifa e o COL vão precisar para a Copa já foi passado a governos. "Isso já está contratualmente acertado. As estruturas serão extremamente necessárias", afirmou Trade. "Não posso dizer quanto as tendas vão custar porque não sou eu quem vai licita-las. Serão os governos. Sei que a estrutura terá de ser maior porque o evento será maior."

MP QUER DE VOLTA R$ 216 MI GASTOS EM ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS

  • O Ministério Público dos Estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e o Distrito Federal entraram na Justiça contra a Fifa e contra o COL (Comitê Organizador Local da Copa), cobrando ressarcimento de todos os gastos realizados pelas cidades-sede da Copa das Confederações, destinados ao custeio das denominadas "estruturas temporárias".

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