Felipão defende CBF na montagem de calendário, mas apoia jogadores
Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, evitou aumentar a polêmica discussão levantada por jogadores por mudanças no calendário de jogos. O treinador ressaltou que é preciso uma discussão entre todas as partes envolvidas no futebol para que se chegue a um consenso.
Mas Felipão fez duas ressalvas: ele entendeu que não é culpa da CBF a montagem de um calendário com pouco intervalo entre os jogos, e diz que no exterior a situação não é muito diferente.
"É um posicionamento normal [movimento dos atletas por melhorias]. Tem que haver um debate tranquilo de todas as partes envolvidas. E deve sentar todas as partes, não apenas a política, econômica, técnica, no intuito de como montar o calendário, para que a partir daí se chega a um calendário. Volto a falar: importante haver todas as partes equilibradas, sentado na mesma mesa", enfatizou.
Felipão lembrou que a programação de 2014 será apertada em virtude da Copa do Mundo.
"O calendário daqui não é tão diferente de fora. Não está tão desequilibrada como as pessoas imaginam".
Um grupo de jogadores de futebol lançou na última terça-feira o Bom Senso F.C., movimento voltado a cobrar mudanças na gestão do esporte.
- 12627
- http://esporte.uol.com.br/enquetes/2013/09/24/os-jogadores-estao-certos-em-reclamar-do-calendario.js
A união foi arquitetada pelo zagueiro Paulo André, do Corinthians, conta com mais de 70 atletas e não tem ligação com sindicatos de atletas. Três integrantes do grupo foram chamados pelo técnico para os próximos amistosos: Dedé, Jefferson e Diego Cavalieri.
O primeiro tema que eles estabeleceram como prioridade é o calendário da modalidade. O movimento alega que a intensa jornada de jogos prejudica a qualidade das partidas e traz riscos à saúde dos atletas.
A iniciativa dos atletas não é um caso isolado. A Globo prometeu brigar por mudanças a partir de 2015, e o Rio de Janeiro discutirá uma redução do Estadual já no próximo ano.
JUCA CHAMA SINDICATO DE 'OPORTUNISTA'; BIRNER DEFENDE MENOS JOGOS
-
JUCA KFOURI - Como era de se esperar, os acomodados "sindicalistas do futebol" que há décadas fazem de seus cargos meros cabides de empregos, agora surgem radicalizando, propondo até greve e querendo tomar para si as conquistas trabalhistas dos atletas que jamais tiveram o dedo deles.
-
VITOR BIRNER - A reformulação do calendário do futebol brasileiro é muito importante. Se houver menos jogos, a qualidade deles aumentará. Com os atletas mais bem preparados na parte física, o nível técnico das partidas ficará mais alto.