Com gramado-problema, Brasília não segue padrão Fifa para a seleção

Paulo Passos

Do UOL, em Brasilia

  • Paulo Passos

    Funcionário tenta reparar a grama no estádio Mané Garrincha, em Brasília, que apresenta falhas e buracos

    Funcionário tenta reparar a grama no estádio Mané Garrincha, em Brasília, que apresenta falhas e buracos

É regra na Copa do Mundo. O treinamento na véspera dos jogos sempre acontece no local das partidas. Sede de sete confrontos no Mundial de 2014, Brasília não conseguirá repetir o protocolo para o amistoso da seleção brasileira contra a Austrália, neste sábado. Para poupar o gramado do Mané Garrincha, deteriorado dos últimos jogos e com buracos, os treinamentos das duas equipes não acontecerão no estádio.

O campo do estádio da Capital Federal é um problema desde a inauguração. Antes da estreia da Copa das Confederações, no jogo entre Brasil e Japão, em junho, ele foi criticado pelos jogadores da seleção.

Após o torneio, o novo estádio passou a ser utilizado por Flamengo, Vasco e Botafogo. O gramado, não agüentou a sequência de jogos e apresentou falhas e buracos.

Após a partida entre Vasco e Corinthians, no dia 25, a arena foi fechada. À pedido da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a partida entre Flamengo e Vitória, que estava marcada para Brasília, na última quarta-feira, foi transferida para o Maracanã.

O GDF (Governo do Distrito Federal), dono do estádio, admitiu o problema com o gramado e prometeu melhorias.

"A Coordenadoria de Comunicação para a Copa esclarece que técnicos especializados em manutenção de campos de grama natural intensificaram nas últimas semanas a atuação no gramado do Mané Garrincha, especialmente nas áreas mais danificadas pelos últimos jogos. O trabalho de recuperação incluiu a semeadura de grama em algumas áreas, adubação, corte e uso de iluminação artificial. A meta é oferecer um campo de excelência para o grande evento do dia 7 de setembro", afirmou o governo local por meio de sua assessorial de imprensa.

Segundo o GDF, as melhorias no gramado não representa um gasto adicional, pois já estaria previsto. O estádio custou R$1,2 bilhão aos cofres públicos.

Além do clima seco local, um dos problemas do gramado do estádio foi o curto espaço de tempo entre a plantação e o uso do campo para jogos. Menos de três semanas depois da colocação da grama, ele já estava sendo utilizado. Especialistas recomenda pelo menos o dobro do tempo de espera.

Na chegada a Brasília, David Luiz lembrou os problemas do gramado, mas minimizou a influência no jogo.

"Vamos para o campo para a mesma responsabilidade. Com gramado ruim a gente conseguiu ganhar, então a gente pode", afirmou o zagueiro.

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