Aldo Rebelo admite preço alto, mas defende gastos "astronômicos" para Copa

Do UOL, em São Paulo

  • Júlio César Guimarães/UOL

    Ministro do esporte disse que o número de empregos gerados por conta da Copa justifica o alto valor

    Ministro do esporte disse que o número de empregos gerados por conta da Copa justifica o alto valor

Convidado do programa "Bola da Vez", da ESPN Brasil, que foi ao ar nesta terça-feira, o ministro do esporte, Aldo Rebelo, defendeu os altos gastos para a construção dos estádios para a Copa do Mundo de 2014. De acordo com o político, o potencial de empregos que vão ser criados justifica o dinheiro investido.

"O governo acha que construir os estádios vai gerar benefícios. Cerca de 3,6 milhões de empregos a Copa do Mundo pode gerar no Brasil. Qual outro evento tem esse potencial?", comentou.

Além disso, Aldo Rebelo também falou sobre a forma como os custos para a Copa do Mundo no Brasil ficaram mais altos do que os dois últimos mundiais da Fifa, realizados na Alemanha e África do Sul. Segundo o ministro, os países que receberam as últimas edições do evento não investiram em legado.

"A África do Sul e Alemanha não investiram muito em legado. A Alemanha tinha tudo pronto. A África do Sul não tinha recursos. Nós fizemos uma matriz de responsabilidade para fazer aeroporto, fazer viaduto, abrir avenida", defendeu.

Por último, Aldo Rebelo explicou que o número de licitações separadas é um dos fatores que tornam as obras caras para a Copa do Mundo de 2014.

"Os estádios, no caso de Brasília, fizeram a licitação para a estrutura de concreto. E o entorno do estádio? Faz outra licitação e naturalmente você vai incorporar os valores dessas obras. Os órgãos de controle não deixam colocar tudo em uma só para evitar que uma empresa ganhe tudo. Isso resulta em fazer tudo corrido e de última hora, quando junta tudo dá um valor absolutamente astronômico", concluiu. 

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