Desvio de dinheiro de amistosos continua na gestão Marin, acusa jornal
Do UOL, em São Paulo
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EFE/Marcelo Sayão
Estado de S. Paulo diz que valor do desvio aumentou na era Teixeira e mantido por Marin
O jornal Estado de S. Paulo apresentou denúncia, na quinta-feira, de que parte do dinheiro arrecadado com amistosos da seleção brasileira foi desviado na gestão Ricardo Teixeira. A edição desta sexta informa que o esquema ilegal prossegue sob o comando de José Maria Marin.
De acordo com a publicação, pouco antes de renunciar à presidência da CBF (março de 2012), Teixeira prolongou do contrato por 10 anos com a ISE, empresa localizada no paraíso fiscal Ilhas Cayman e acusada de repassar ilegalmente verba referente a jogos da seleção.
A atual gestão manteve a operação financeira arquitetada por Teixeira. Marin afirma desconhecer o assunto.
Um documento obtido pelo jornal mostra que a ISE mudava o destino de parte da arrecadação com venda de amistosos. Por cada amistoso, a CBF deveria ficar com US$ 1,65 milhão (R$ 3,886 milhões).
Mas a entidade ficava sem receber, em média, US$ 450 mil (cerca de R$ 1 milhão), valor repassado da ISE para a Uptrend, que tem como sócio o presidente Sandro Rossell, amigo de Teixeira.
O acordo com a ISE foi firmado por Teixeira em 2006, vigorando desde então.
De acordo com o Estado de S. Paulo, Teixeira também teria feito outro esquema ilícito antes de deixar o cargo. Além de renovar o vínculo com a ISE por um valor inferior ao contrato anterior, o então presidente teria aumentado o valor que seria desviado: de US$ 450 mil para US$ 800 mil por amistoso.
Marin se apropriou de área pública em SP
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Ricardo Teixeira chegou ao país na quinta-feira após um vivendo em Miami. O jornal informa que o ex-presidente da CBF para recolher cerca de R$ 30 milhões da entidade que estão presos no Banco Rural.