A mesa diretora do Congresso Nacional terminou a conferência das assinaturas dos parlamentares que apoiam o requerimento de instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista (composta por senadores e deputados federais) sobre os gastos da Copa de 2014, e confirmou o pedido protocolado pelo deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) na quarta-feira (17). Agora, a abertura da CPI depende do presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Para que a CPI comece o requerimento, conferido e aprovado pela mesa diretora na segunda-feira (22), tem que ser lido por Calheiros em sessão do Congresso Nacional (sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados). Quem decide se lê o requerimento e quando é o presidente do Congresso, que ainda não se manifestou sobre o tema.

Assim, cabe a Renan decidir se inicia o processo de abertura da CPI ou não. A próxima sessão do Congresso está marcada para o dia 20 de agosto, e na pauta está a deliberação sobre milhares de vetos presidenciais acumulados para análise dos parlamentares, sobre diversos temas. 

Ao todo, 186 deputados e 28 senadores assinaram o pedido de abertura da CPI mista da Copa, número que supera o mínimo necessário que é de 171 deputados e 27 senadores. Apesar disso, os parlamentares podem retirar seu apoio à CPI da Copa até a meia-noite do dia em que o requerimento for lido pelo presidente do Congresso.

"Pode acontecer uma reunião no começo de agosto. As redes sociais estão de olho nessa questão, por isso não acredito muito em retiradas de assinaturas", afirma o autor do requerimento. Lucas afirma ainda que vai pedir a indicação dos partidos de 15 senadores e 15 deputados para compor a CPI, e que acredita que ela saíra do papel.

CPI da CBF

No final do ano passado, o deputado federal Romário (PSB-RJ) protocolou um pedido de CPI da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na Câmara dos Deputados, após conseguir o apoio necessário dos colegas. O pedido aguarda análise em uma fila, atrás de pelo menos outros três pedidos diversos de CPIs.