Marin critica Ronaldinho e Ramires e diz que Granja será base na Copa

Do UOL, em São Paulo

  • Júlio César Guimarães/UOL

    Felipão, Marin e Parreira deixam a coletiva de imprensa da CBF

    Felipão, Marin e Parreira deixam a coletiva de imprensa da CBF

O presidente da CBF, José Maria Marin, afirmou que a Granja Comary, em Teresópolis, no Rio de Janeiro, será a base da seleção brasileira durante a Copa do Mundo. Em entrevista ao jornal O Globo, o cartola confirmou o desejo de usar o local como sede fixa do time. Conforme o UOL Esporte revelou após a conquista do Brasil na Copa das Confederações, Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira pediram para usar as instalações em Teresópolis para o time ter mais privacidade durante o Mundial.

"Uma das prioridades é a Granja Comary. Demolimos tudo e estamos reconstruindo. O Felipão quer ficar lá. E sair só para jogar. A Granja será a base na Copa", afirmou Marin.

O cartola fez outras revelações na entrevista publicada na edição deste domingo do jornal O Globo. Criticou Ramires e Ronaldinho Gaúcho, excluídos da lista de Luiz Felipe Scolari para a Copa das Confederações.

Sem citar o nome do volante do Chelsea, lembrou que um jogador teria dado prioridade a um jantar ao invés de se apresentar à seleção.
"Comportamento dentro e fora do gramado é fundamental. Você está me entendendo? Teve um jogador que deu prioridade a um jantar", disse Marin. Questionado sobre quem seria o jogador, não disse o nome, mas deu outra pista. "Não cito nome. Mas a mulher dele ainda disse que a seleção era uma máfia, porque ele não foi mais convocado", disse o cartola, que depois completou: "Não falo nome, mas foi um jogador que atua na Inglaterra. Imagina se o Thiago Silva virasse para o grupo e falasse que não poderia aceitar uma convocação para enfrentar a Rússia e a Itália, porque a mulher dele marcou um jantar com as amigas... Jamais! Todos os jogadores sabem dessa história do jogador que trocou a seleção por um jantar".

Durante os amistosos contra Itália e Rússia, em março, Ramires pediu dispensa por conta de uma lesão. Estava combinado que iria se apresentar num sábado, dois dias antes do jogo contra os russos, no hotel em que a seleção estava hospedada na capital inglesa. O jogador do Chelsea não foi no dia e na hora marcada e chegou ao hotel apenas no domingo com a médica do clube, com um atestado em mãos justificando a ausência e pedindo liberação. A atitude irritou a comissão técnica da CBF.

Marin criticou também o atraso de Ronaldinho Gaúcho na apresentação no hotel em Belo Horizonte, antes do amistoso contra o Chile.

"Você me convida para um jantar na sua casa. Eu chego à sua casa, e você não está. Eu espero, espero, e você, que é o anfitrião, é o último a chegar. A seleção vai para a mesa do jantar e quem é o último a chegar? O anfitrião. Não dá!", disse o dirigente.

O dirigente comentou a denúncia publicada pelo UOL Esporte, mostrando que o dirigente se apropriou de um terreno público em São Paulo cujo valor se aproxima de R$ 2,8 milhões. Trata-se de uma praça no Jardim América, na zona sul da capital, que fica ao lado de uma área pertencente ao cartola. Uma obra executada sob responsabilidade legal do dirigente derrubou uma árvore no local e construiu uma cerca baixa, unindo o espaço público à propriedade privada dele.

"O interesse desses ataques é puramente eleitoral, visando às eleições da CBF, em abril de 2014. Vendi uma propriedade em abril de 1983, registrada em cartório, e com o dinheiro, adquiri o terreno em São Paulo, um mês depois, em maio. Juridicamente, não me apropriei de nada. Estou processando quem me caluniou", disse Marin.

 

 

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