"Fiquei muito chateado com essa confusão toda", diz Carlinhos Brown sobre a proibição da caxirola

Aiuri Rebello

Do UOL, em Brasília

  • Andre Borges/FolhaPress

    Carlinhos Brown apresenta a sua caxirola, ao lado do ministro do Esporte, Aldo Rebelo (direita)

    Carlinhos Brown apresenta a sua caxirola, ao lado do ministro do Esporte, Aldo Rebelo (direita)

O músico Carlinhos Brown falou pela primeira vez hoje sobre a polêmica envolvendo a caxirola, espécie de chocalho inventado pelo artista para a Copa de 2014, e diz que não gostou de ver seu nome envolvido na confusão. "Fiquei muito chateado com essa confusão toda com o meu nome", afirmou Brown nesta quarta-feira (3) durante visita ao Congresso Nacional ao lado de outros artistas para pressionar pela votação no Senado de um projeto que muda as regras de arrecadação dos direitos autorais no Brasil pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). 

Durante o clássico Bahia e Vitória, pelo Campeonato Baiano em abril deste ano, torcedores do Bahia insatisfeitos com mais uma derrota do time para o rival atiraram centenas de caxirolas em campo. Era a estreia do chocalho de plástico tornado instrumento oficial da Copa de 2014 em um jogo de futebol. Um mês depois, o COL (Comitê Organizador Local) anunciou a proibição do instrumento durante a Copa das Confederações.

"Aquilo que aconteceu em Salvador foi uma demonstração impensada de insatisfação muito grande do torcedor, mas acredito que não vá se repetir, foi isolado e não queriam ferir ninguém", diz o músico, que ainda acredita que a caxirola será liberada para o Mundial do ano que vem. "A caxirola foi feita para a Copa do Mundo e a Copa ainda não chegou", afirma ele.

Brown afirma que estava nos Estados Unidos gravando um filme quando soube do que hava acontecido, e ficou chateado que ouviu notícias de que ele havia recebido dinheiro do governo para fazer a caxirola. "Isso é um absurdo muito grande, não ganhei um real do governo para desenvolver a caxirola, que nada mais é do que um caxixi de plástico", diz o músico. "Procurei a Fifa e procurei o Ministério do Esporte para saber se podia, fui à Globo Marcas, licenciamos o produto, foi tudo feito corretamente", defende Brown.

"Sou um brasileiro reconhecido, faço um trabalho sério pelo meu país e preciso que as pessoas não acreditem que levei alguma vantagem nessa história. Eu mereço mais respeito", diz o músico. 

A caxirola é uma das 96 iniciativas selecionadas pelo Ministério do Esporte para integrar o Plano de Promoção do Brasil para o Mundial de 2014. Ou seja, ganhou ampla promoção de graça e apareceu até na mão da presidente Dilma Rousseff, como o substituto da vuvuzela da Copa de 2010, na África do Sul.

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