Dois dias após a derrota para o Brasil na final da Copa das Confederações, os jornais espanhóis ainda buscam explicações para o passeio sofrido por sua seleção no Maracanã. A superioridade física dos comandados de Luiz Felipe Scolari e a consolidação de Neymar como astro internacional foram apontadas como principais causas para a queda da 'Fúria'.

O jornal Ás exaltou a quantidade de faltas cometidas pelas duas seleções em todo o torneio. Enquanto os brasileiros cometeram 107 infrações (média de 21,4 por jogo), os espanhóis fizeram apenas 58 (11,6 por partida).

Segundo a publicação, os números deixariam claro a superioridade física da seleção brasileira, que conseguiu emplacar uma marcação mais agressiva que os espanhóis, como já havia ocorrido nos duelos da Liga dos Campeões entre Barcelona e Bayern de Munique.

"Não é por acaso que o mesmo dilema assalte Barcelona e a seleção no mesmo ano e com poucos meses de diferença. Ainda que vale contra uma maioria de equipes, não serve quando cruzam com grandes rivais, gigantes com a lição aprendida, como nos demonstraram sucessivamente Bayern, Itália e Brasil", trouxe o periódico.

Já o Marca preferiu exaltar a consolidação de Neymar como um craque internacional. O jornal afirmou que a primeira grande competição do jogador com a seleção brasileira foi marcante, já que ocorreu antes de sua adaptação ao futebol europeu e ainda com o físico franzino.

"Neymar ameaça o reinado de Messi e Cristiano Ronaldo", estampou a publicação. "Neymar confirmou o que Barcelona suspeitava quando o contratou e o que o Real Madrid acreditava quando tentou levá-lo: é um número um. Muito mais que uma boa figurinha ou um instrumento de marketing, Neymar é um jogador que decide jogos e ganha títulos".