Espanha engrossa sina de fracassos europeus em competições na América de Sul

Bruno Freitas

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • AP Photo/Victor R. Caivano

    Espanha saiu perdendo logo no primeiro minuto e não conseguiu exibir futebol mágico na final

    Espanha saiu perdendo logo no primeiro minuto e não conseguiu exibir futebol mágico na final

Derrotados pelo Brasil por 3 a 0 na final, os vice-campeões da Copa das Confederações voltam para casa agora fazendo parte de um histórico clássico do futebol mundial. A derrota da Espanha neste domingo no Rio de Janeiro faz crescer uma sina histórica de fracassos europeus em competições na América do Sul, desde 1930.

Neste domingo, a decantada geração espanhola campeã mundial não conseguiu ser páreo para um Maracanã enlouquecido, jogando diante de um Brasil feroz na marcação de saída de bola.

Até hoje são quatro Copas do Mundo disputadas em nações sul-americanas. A primeira delas foi no Uruguai, em 1930, quando os visitantes da Europa sofreram para chegar , cruzando o Atlântico em deslocamentos longos de navio. Dentro de campo, as seleções da região dominaram a disputa, com a final entre a Argentina e os anfitriões, então campeões olímpicos.

O segundo Mundial foi o do Brasil, em 1950, com mais uma final toda sul-americana, quando os uruguaios frustraram os donos da casa na decisão internacionalmente conhecida como Maracanazo.

Mais adiante, o Brasil de Garrincha foi bicampeão mundial em 1962, no Chile, batendo a primeira equipe europeia e alcançar uma final no continente: a antiga Tchecoslováquia. Por fim, a Argentina precisou da prorrogação para vencer a Holanda na Copa que organizou, em 1978.

Mesmo em âmbito de clubes, os europeus também acumulam um insucesso. A primeira edição do Mundial de Clubes da Fifa, disputada sob a chancela da entidade, teve uma final 100% brasileira, com Corinthians e Vasco no Maracanã. Em ritmo de férias, os poderosos Real Madrid e Manchester United acabaram virando meros coadjuvantes do torneio de 2000.

EXCEÇÃO NAS CATEGORIAS DE BASE COM A EX-IUGOSLÁVIA

O único triunfo europeu em torneios Fifa dentro da América do Sul aconteceu nas categorias de base, através da grande geração da ex-Iugoslávia, campeã do Mundial Sub-20 de 1987, no Chile. Neste time estavam jogadores que acabaram brilhando como profissionais, como Suker, Mijatovic, Prosinecki e Boban. No entanto, esta leva acabou se dividindo com a ruptura do país, metade dos craques para a Croácia, a outra para o que viria a ser a Sérvia.

O continente ainda abrigou dois outros mundiais sub-20, com a Argentina triunfando em casa em 2001, com Saviola e D'Alessandro, e o Brasil levando a taça na Colômbia, em 2011, com brilho de Oscar.

 

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