A importância do gol de Paulinho, nesta quarta-feira, é inegável. Após a vitória por 2 a 1 da seleção brasileira sobre o Uruguai, no Mineirão, o volante creditou aos seus companheiros a liberdade para chegar ao ataque. "Foi muito importante esse gol, quero agradecer a Deus e aos meus companheiros que dão total liberdade para fazer o que faço no Corinthians. Agradecer por termos dado um passo importante para chegar à final", falou o corintiano.

Essa liberdade do jogador tem base numérica. Mesmo sendo um dos volantes da seleção, Paulinho teve uma participação defensiva muito mais discreta em relação a seu parceiro na cabeça de área, Luiz Gustavo: enquanto o corintiano fez apenas cinco desarmes, o jogador do Bayern de Munique fez dez. O rendimento de Paulinho foi mais próximo dos atacantes, como Neymar (4) e Fred (3).

A função mais ofensiva do jogador é uma tendência no torneio. Contra o México, na segunda rodada do torneio, por exemplo, ele fez nove desarmes - contra o Japão, que não levou muito perigo ao time, foram seis. Já os números de Luiz Gustavo não variaram: nove contra o Japão, dez contra o México e 11 contra a Itália.

Segundo Luiz Felipe Scolari, outro ponto que ajuda Paulinho é a entrada, sempre no segundo tempo, de Hernanes no lugar de Oscar. Também volante, o jogador da Lazio ocupa espaços na defesa e permite que o corintiano ataque mais. O gol desta quarta-feira, por exemplo, saiu após essa mudança.

O atleta ainda aproveitou para minimizar o futebol apresentado pela equipe de Felipão nesta quarta-feira. "Às vezes, você joga bem e não vence, às vezes, joga mal e vence. O importante é que chegamos à final", completou o atleta. Na mesma entrevista, Paulinho frisou que o gol foi feito pelo jogador do Corinthians e não do Tottenham. 

Depois da Copa das Confederações, o volante deverá deixar o time paulista e poderá defender o clube inglês. No entanto, nesta quarta-feira, o jornal ingles The Times, revelou um interesse do Real Madrid no atleta. O interesse partiu de Carlo Ancelotti, novo técnico dos merengues.