"Família Fifa" vai à paisana ao Mineirão e monta esquema para Ronaldo

Ricardo Perrone

Do UOL, em Belo Horizonte

  • Antonio Scorza/UOL

    Ronaldo (dir.) conversa com Valcke em visita a estádio: Fifa cuidando do "Fenômeno"

    Ronaldo (dir.) conversa com Valcke em visita a estádio: Fifa cuidando do "Fenômeno"

O medo de manifestações violentas em Belo Horizonte frustrou o plano de alguns parceiros da Fifa (Federação Internacional de Futebol) de exibir suas marcas nesta quarta-feira, dia da semifinal entre Brasil e Uruguai. Foi o caso da Kia, que usou três ônibus da empresa Banana Veloz no lugar de veículos com adesivos da montadora para transportar seus convidados a pontos turísticos da cidade e ao Mineirão.

O "disfarce" visa chamar menos atenção dos manifestantes, que entre outras coisas protestam contra benefícios dados pelo governo para a "família Fifa" por conta da organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

Antes da saída dos ônibus da Kia do hotel usado pela Fifa, um dos organizadores do grupo reclamava da orientação que disse ter recebido de um superior para que ninguém usasse camisas com a logomarca da montadora. Ele se recusou a tirar a dele. Ao mesmo tempo, uma produtora da equipe informava que pediu a retirada dos adesivos da Kia do veículo que transportaria executivos da empresa.

Medida semelhante adotou a Fifa. Carros pretos, sem nenhuma referência à entidade ou a patrocinadores, foram usados por parte da comitiva. Quatro ônibus sem marca dos patrocinadores e sem adesivos com o logo da Copa das Confederações também serviram de transporte para o Mineirão. Uma pequena placa na janela da frente identificava os ônibus como veículos da Fifa para transporte de vips. A Coca-Cola também usou vans sem identificação e com vidros escuros.

No entanto, dirigentes da entidade continuaram usando carros oficiais com a logomarca da Copa das Confederações.

No lobby do hotel, logo pela manhã, uma funcionária do departamento de transportes da Fifa checava o esquema de segurança de alguns figurões, como  Ronaldo, membro do COL (Comitê Organizador Local).

"Major, a única movimentação que vamos ter que fazer com o Ronaldo é a saída dele do Mineirão", disse ela, que cuidou também da segurança de José Maria Marin, presidente do COL e da CBF. Ela discutia por telefone se o dirigente teria uma escolta especial ou se seria escoltado junto com um comboio da Fifa que partiria do hotel da seleção brasileira.

Apesar do temor, até por volta das 13h nenhum protesto ocorreu em frente ao hotel escolhido pela entidade na capital mineira.

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