O coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, defendeu o principal astro da equipe Neymar nesta terça-feira. Autor de três gols na Copa das Confederações, o atacante é o jogador que mais faltas cometeu na primeira fase do torneio: 13 infrações em três partidas.

"Ele fez mais faltas porque está participando. Se estivesse olhando o jogo, sem participar, não teria faltas. Atacante não tem tanta facilidade para marcar, mas ele não é violento", afirmou Parreira.

Na vitória sobre a Itália, Neymar levou ainda um cartão amarelo e reclamou de marcações do árbitro durante a partida. Luiz Felipe Scolari admitiu, após a partida, que sacou o jogador faltando mais de 10 minutos para o final para poupá-lo de uma expulsão. O atacante é também o jogador que mais sofreu faltas na primeira fase do torneio. Foi vítima 18 vezes, uma a mais que Balotelli, da Itália.

O Brasil terminou a primeira fase da Copa das Confederações como o time mais faltoso, com 67 infrações. O goleiro da seleção, Júlio César, disse que isso é uma estratégia da equipe.

"Eu vejo isso (faltas)  como uma coisa positiva. Pois desde a entrada de Felipão na seleção brasileira, em jogos anteriores, nos amistosos, acabamos sofrendo alguns gols de contra-ataque. E uma coisa que ele pedia para a gente é parar a jogada", afirmou o goleiro.

A estratégia de parar o jogo, com os atacantes do Brasil marcando os defensores rivais, foi adotada pela seleção desde o início do torneio. "O Brasil faz o que todo mundo faz. Se não marca, vocês (jornalistas) reclamam", ironizou Parreira.

A seleção brasileira volta a jogar nesta quarta-feira para disputar a semifinal da Copa das Confederações. O Brasil enfrentará o Uruguai, no Mineirão, em Belo Horizonte. Na quinta, Espanha e Itália decidem a outra chave. A final acontecerá domingo no Maracanã.