Estudantes fazem Força Nacional desistir de ocupar UFMG durante jogo do Brasil

Fernando Duarte

Do UOL, em Belo Horizonte

  • Douglas Magno/AFP

    Manifestantes fecham avenida próxima à UFMG no dia 18; expectativa é de novo protesto nesta quarta

    Manifestantes fecham avenida próxima à UFMG no dia 18; expectativa é de novo protesto nesta quarta

Os estudantes que ocupavam desde as 16h desta terça-feira a reitoria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) resolveram deixar o local após a garantia do governo federal de que tropas da Força Nacional não irão mais utilizar o campus da universidade como base para as operações de segurança planejadas para esta quarta-feira, antes e durante o jogo entre Brasil e Uruguai, válido pelas semifinais da Copa das Confederações, às 16h, no Mineirão.

Na noite desta terça-feira, uma resolução do Conselho Universitário, assinada pelo reitor, Clélio Campolina Diniz, foi divulgada trazendo a seguinte informação: em uma reunião realizada na tarde desta terça-feira em Belo Horizonte, em que participaram o reitor, o governador da Minas Gerais, Antonio Anastasia, e os ministros da Justiça e da Defesa, José Eduardo Cardozo e Celso Amorim, o governo federal se comprometeu a não ocupar o campus da universidade mineira com tropas da Força Nacional.

A UFMG está localizada no bairro da Pampulha, em Belo Horizonte, na avenida Antônio Carlos, nas imediações do estádio do Mineirão e no ponto mais crítico da rota da manifestação planejada para esta quarta-feira na capital mineira.

Nesta terça, os estudantes ocuparam a reitoria e lá pretendiam ficar atré a noite da quarta-feira, com o objetivo de protestar contra a presença de tropas da Força Nacional, que estava com 300 homens nos arredores da universidade para, supostamente, guardar o patrimônio do local enquanto estivesse acontecendo o protesto desta quarta em Belo Horizonte.

No último sábado, enquanto Japão e México disputavam partida da Copa das Confederações no Mineirão, uma batalha campal entre polícia e manifestantes foi travada na avenida Antônio Carlos.

Em determinado momento, os manifestantes passaram a vandalizar parte do campus da UFMG, arrancando a grade de segurança e utilizando mudar de árvores de um projeto de reflorestamento da universidade para montar uma barricada na avenida contra o avanço dos policiais.

 Problemas à vista

O comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais admitiu, em entrevista coletiva nesta terça-feira, que os manifestantes podem conseguir impedir o acesso dos torcedores ao Mineirão, para o jogo desta quarta entre Brasil e Uruguai. Segundo ele, caso a aglomeração seja muito grande, será impossível para o efetivo dispersar o grupo nas vias de acesso ao estádio.

"Havendo esse impedimento com centenas de milhares de pessoas, o evento está comprometido. Vamos privar o direito de ir e vir de mais de 60 mil pessoas. Se isso é razoável, que seja feito. É impossível uma força pública, uma força militar, atuar contra cem mil, 120 mil, 130 mil pessoas, que possam em determinado momento impedir o trânsito", disse o coronel Márcio Martins Sant'Ana.

 

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