Técnico confirma 'carisma' do Taiti e cumprimenta jornalistas na despedida

Murilo Garavello

Do UOL, no Recife

O Taiti mostrou neste domingo por que foi apontado como o time mais carismático da Copa das Confederações. Passada a derrota para o Uruguai por 8 a 0, na Arena Pernambuco, o técnico Eddy Etaeta lamentou o 'abismo' técnico entre sua equipe e as demais, mas salientou que nunca se esquecerá o que passou no Brasil e fez questão de cumprimentar cada um dos jornalistas presentes na sala da imprensa.

"Tenho consciência da enorme diferença que existe entre o futebol profissional e o amador. São dois mundos distintos. Vindo aqui, já sabíamos disso. Quando você entra em campo e joga é que entende de fato a diferença", comentou o treinador.

"Apesar disso, estou muito orgulhoso do que o meu time fez porque meus jogadores atuaram com alma, com coração. Isso foi importante para nós. E, no fim do jogo, eles agradeceram a população brasileira porque é isso que levaremos para casa conosco", completou Etaeta.

Além de o técnico cumprimentar os jornalistas após a entrevista, os jogadores protagonizaram outro momento inusitado neste domingo. Vários membros da equipe tietaram o atacante Forlán e pediram, envergonhados, para tirar uma foto ao lado dele, no local de entrevistas à imprensa.

Formada por atletas amadores e apenas um profissional (atacante Vahirua), o Taiti deixou a Copa das Confederações com 24 gols sofridos nas três partidas do Grupo B. Ao menos, a seleção conseguiu marcar um gol na derrota por 6 a 1 contra a Nigéria, na estreia. Depois disso, perdeu da Espanha por 10 a 0 e do Uruguai por 8 a 0.

"O melhor momento foram os três jogos. Contra a Nigéria, marcamos um gol histórico. Depois, a campeã mundial, Espanha, foi uma honra jogar contra eles e, hoje, tivemos muito apoio da torcida brasileira, recebemos mensagens de apoio desde que entramos no estádio. Foi maravilhoso", destacou Etaeta.

Apesar da grande diferença técnica, o Taiti se tornou uma espécie de segunda equipe dos fãs brasileiros, que apoiaram o time da Polinésia Francesa com euforia nos estádios.

"Dois, três anos atrás nunca imaginaríamos estar aqui com os melhores jogadores do mundo. Têm sido incrível, estamos aproveitando muito. Nunca mais teremos chance de jogar para um público assim e queríamos agradecê-los de coração", afirmou o camisa 13 Steevy Chong Hue.

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