Jogadores do Taiti 'invertem' assédio e pedem até fotos com fãs no Recife
Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Recife
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Divulgação/Facebook Ibísmania
Goleiro Mikael Roche posa com fãs na porta do hotel que a seleção do Taiti está hospedada no Recife
Após chegarem ao Brasil como completos desconhecidos, os jogadores do Taiti experimentaram nos últimos dias a fama e o carinho do povo local durante a estadia no país para a Copa das Confederações. E com certa frequência, a delegação reconhecida por sua camisa vermelha e florida era parada nas ruas para tirar fotos e dar autógrafos.
E como tudo que cerca a passagem do Taiti pelo Brasil, até o assédio guardou algumas peculiaridades. Os jogadores da seleção da Polinésia Francesa inverteram os papéis e, por diversas vezes, chamavam alguns fãs nas ruas para tirar foto.
No Recife, no calçadão da Praia de Boa Viagem, o fato ocorreu com certa frequência neste final de semana. Bastava algum torcedor olha mais diretamente que os jogadores logo disparavam: "Foto, foto. Vamos tirar. Obrigado", diziam, repetindo diversas vezes as poucas palavras que aprenderam da língua portuguesa.
"Temos que aproveitar cada momento e guardar esse carinho no coração. Quando passamos por algum torcedor, logo perguntamos da foto. Queremos registrar tudo isso. Não estamos acostumados. Temos que desfrutar, até porque daqui a pouco acaba e voltamos à nossa realidade", ressaltou o zagueiro Yannick Vero.
E tal postura chamou a atenção dos fãs de Recife, que, após passagens de Espanha e Itália pela cidade, não estavam acostumados com tanta facilidade no contato.
"Isso chega a ser engraçado. Quando Espanha e Itália estiveram aqui, quase não conseguíamos chegar perto. O Piqué ainda foi ao calçadão um dia, e outros espanhóis pareciam ser simpáticos. Já a Itália só andava com aqueles seguranças enormes do lado. Os jogadores do Taiti são completamente diferentes. É uma realidade que não estamos acostumados ao encontrarmos jogadores de futebol. Todos deveriam aprender um pouco dessa humildade com eles", disse o estudante Jefferson Rodrigues, de 25 anos, que ficou de plantão na porta do Hotel Golden Tulip para conhecer jogadores de seleções que passavam pela capital pernambucana.
Os torcedores de Recife, porém, não terão maiores oportunidades de cruzar com os jogadores novamente. Após o jogo deste domingo contra o Uruguai, na Arena Pernambuco, os taitianos retornam ao seu país na madrugada de segunda-feira.