A seleção da Nigéria precisa de uma combinação complexa neste domingo contra a campeã mundial Espanha para sobreviver na Copa das Confederações. Além de vencer os favoritos em Fortaleza, os africanos ainda precisam de uma margem de gols ou então torcer para que o Uruguai não massacre o Taiti por uma diferença muito larga, no outro jogo do grupo B.

Na véspera do confronto decisivo no Castelão, os nigerianos usaram e abusaram dos chavões para desconstruir a visão de "milagre" contra a Espanha, que não sofre derrotas desde novembro de 2011.

"A Espanha é um grande time, mas o futebol é 11 contra 11. Vamos ver o que acontece amanhã (domingo)", declarou o técnico Stephen Keshi. "No futebol, um tem que ganhar. Eles são campeões, mas também somos campeões, da África, que é um grande continente", acrescentou.

Confrontado ao mesmo tema, o capitão Vincent Enyeama também exaltou o orgulho nigeriano e descartou o temor diante de Xavi, Iniesta e companhia.

"Não temos medo da Espanha, temos respeito, mas medo, nunca. Jogamos por essas cores, temos orgulho delas", respondeu o goleiro, com um gesto exagerado para mostrar o verde do uniforme de sua seleção.

Questionado sobre a estratégia de sua seleção contra os espanhóis, o bem humorado Keshi afirmou que não poderia contar ao jornalista, por ele não faz parte de seu time.

A Nigéria estreou na Copa das Confederações com uma vitória tranquila sobre o Taiti em Belo Horizonte, por 6 a 1. Em seguida os campeões africanos foram batidos pelo Uruguai por 2 a 1, em Salvador.

Após duas rodadas, a Nigéria soma três pontos, empatada com o Uruguai. A Espanha lidera a chave com seis pontos. Os africanos têm atualmente quatro gols de saldo, contra zero dos uruguaios, os rivais pela vaga na semifinal.